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A Morte Te Dá Parabéns | Critica (Sem Spoilers)

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A Morte Te Dá Parabéns (Happy Deathday), novo longa do diretor Christopher Landon (Atividade Paranormal 2, 3 e 4) e com roteiros de Scott Lobdell (sim, o escritor dos quadrinhos dos X-Men) estreou no último dia 12 nos cinemas. Nós conferimos a cabine de impressa à convite da Espaço Z e, sinceramente, foi uma grata surpresa.

Tree Gelbman, Jessica Rothe, é uma daquelas irritantes e babacas menininhas ricas que infestam faculdades americanas e suas irmandades ego-centristas. Neste dia 18, uma segunda, é o seu aniversário e, durante todo o dia, Tree destila o seu habitual veneno até que à noite, quando Tree vai para uma festa, ela é atacada e morta pelo maníaco com máscara de bebê. Tree acorda e vê que está repetindo o mesmo dia e morrendo de novo, e de novo. Presa neste looping temporal, resta a Tree descobrir como resolver as peças desse quebra-cabeça maluco.

O filme consegue ser bastante esperto e ágil com essa ideia clichê. Obras como No Limite do Amanhã O Feitiço do Tempo usam o recurso do looping temporal e o recente Antes Que Eu Vá tem o plot principal similar de ficção científica misturado com slasher movie. O que faz o filme ganhar pontos é como a história é contada.

O texto do Lobdell sabe ser ágil em centralizar bem em Tree, e ela como protagonista passa corretamente por todo o arco narrativo, indo do ponto A ao B do roteiro de forma certinha. Os coadjuvantes como o Carter, Israel Broussard, o nerd simpático e gentil com quem Tree passa a noite do dia 17 e as amigas Lori, Ruby Modine, e Danielle, Rachel Mathews, são bem colocados na trama e em momento algum roubam o protagonismo de Tree. O roteiro sabe, de forma simples, ir jogando gradativamente cada mistério a cada ato do filme, sabendo misturar as coisas quando necessário e jogando as pistas para o espectador, que aqui tem como interesse e diversão não tanto o final da história mas, sim, entrar na brincadeira de montar o quebra-cabeça. Visando uma indicação baixa lá fora, o já famoso PG-13, não há tanto gore e nojeira assim, mas um humor negro refinado, com boas sacadas e piadas bem colocadas. Claro que os clichês aparecem, alguns são bem utilizados e outros não.

Tecnicamente o filme é até competente. A fotografia do Toby Oliver é ‘ok‘, sabendo utilizar bons ângulos nas cenas de perseguição e nas várias mortes da Tree e isso é ajudado pela boa edição de Gregory Plotkin, e a trilha sonora de Bear McCreary faz bem a sua função.

Jessica Rothe consegue ser uma boa protagonista e é por ela que o filme se segura bem. Israel Broussard acerta como parceiro da Jessica e nunca rouba a cena. Todo o restante do elenco se sai bem.

A Morte Te Dá Parabéns surgiu como mais um slasher movie genérico, mas, por saber utilizar bem as fórmulas dos gêneros que abraça, se sai como uma diversão honesta e um bom filme pipocão farofa. Para ir ver com a galera e depois comer Kalzone com Milkshake do Bob’s numa tarde de sábado qualquer. (Kalzone e Bob’s, ‘paga nóis’!)

A Morte te dá parabéns
  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
3

Resumo

” – A Morte Te Dá Parabéns se sai como uma diversão honesta.”

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