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A Torre Negra | Crítica (Sem Spoilers)

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Saudações amigos que acompanham o Multiversos.

A Torre Negra a mais nova adaptação da obra de Stephen King. O filme dirigido por Nikolaj Arcel chega ao cinema esta semana e infelizmente as notícias não são nada boas.

O filme conta a história do jovem Jake (Tom Taylor) que após a perda do seu pai começa a ter sonhos estranhos com uma Torre Negra gigantesca um homem de preto e um Pistoleiro. Jake faz desenhos de seus sonhos, o que acaba deixando-o afastado do convívio normal com as pessoas. Os sonhos, um dia, acabam se tornando mais reais do que imaginava, e ele acaba descobrindo que o pistoleiro dos seus sonhos chama-se Roland (Idris Elba), o último pistoleiro, e o homem de preto chama-se Walter (Matthew McConaughey), um poderoso mago e assim ele acaba se envolvendo em uma grande história de magia e mundos mágicos que podem mudar o destino da humanidade.

Pela premissa básica nota-se que A Torre Negra situa a sua história nos conceitos básicos de universos da Fantasia. Esse tipo de conceito, onde um elemento ou individuo vindo do mundo real e participa de um mundo fantástico, é bem clichê e já muito utilizado na literatura, cinema e quadrinhos, e quando bem utilizado gera boas histórias. Mas não foi o caso aqui.

Akiva Goldsmith, Jeff Pinker, Ander Thomas Jensen e o diretor Nikolaj Arcel produziram uma narrativa lenta e enfadonha, onde quase nada é empolgante. O desenvolvimento de Jake como personagem é chato, devagar e coberto de situações previsíveis. O filme mesmo com uma narrativa linear e simplória, falha em contar sua história justamente pelo excesso de diálogos expositivos e frases batidas. Há momentos do passado dos personagens que poderiam ser mostrados mas o texto não passa de nada além do básico. É notável que esse universo tem potencial, mas a história contada no longa passa longe do que poderia ser mostrado ao público.

Tecnicamente o filme é pouco atrativo. As tomadas sempre ficam em planos óbvios e pouco exploram outras possibilidades. Não há critério para a paleta de cores das cenas. Pouquíssimos takes se sobressaem. A trilha sonora é apenas óbvia e sem um pingo de criatividade. O design de produção optou pela saída fajuta de jogar parte do filme em Nova Iorque, a saída padrão para a falta de orçamento.

O elenco faz o que pode com o que lhe foi dado. O Jake do Tom Taylor é apático, uma criança que descobre o fantástico e não demonstra um pingo de empolgação. McConaughey ligou o botão de vilão maligno padrão e o Idris Elba, o único digno de nota, traz uma profundidade sincera ao Roland tornando o personagem melhor que o filme em que ele faz parte. Esqueça o resto do elenco, só estão lá por estar mesmo.

Lento, enfadonho e mal conduzido, A Torre Negra fracassa em tudo o que se propôs como obra cinematográfica. Sucumbe como filme e nem sei se posso dizer como adaptação de um vasto material literário. Acho que estou menos irritado por não ter lido os livros e ver tudo aquilo ter sido transformado numa sessão da tarde ruim dos anos 1990.

  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
1.9

Resumo

” – A Torre Negra fracassa em tudo o que se propôs como obra cinematográfica.”

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