” – Eu tive muitos problemas, então escrevo contos alegres!”
– Louisa May Alcott (tradução livre)
As irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.
Contar as histórias das quatro irmãs March foi a missão que Greta Gerwig, de Lady Bird, decidiu ter em Adoráveis Mulheres, adaptação do livro Mulherzinhas, de 1868, da escritora Norte-Americana Louisa May Alcott.
Pra encabeçar esse projeto, Greta escalou a sua já conhecida parceira, Saoirse Ronan, como a protagonista Jo March. Ao lado dela temos o que foi a reunião de um dos melhores elencos reunido no ano de 2019 e que representa o que de melhor temos em obras atuais do cinema. Emma Watson, Florence Pugh, Eliza Scanlen, Timothée Chalamet, Laura Dern e tem até a Maryl Streep. É praticamente um catálogo do que o cinema tem de melhor para oferecer. E com toda essa equipe de grandes artistas o roteiro adaptado também pela própria Greta conseguiu ganhar vida de forma maravilhosa.
Ronan faz de sua Jo March uma jovem sempre inconformada, seja com a sua posição social como mulher, como autora, com as adversidades que a vida lhe traz, mas sempre sendo afetuosa com as pessoas que ela quer bem. Florence Pugh vive uma Amy que vai de uma menina birrenta à uma mulher consciente e firme. A Meg, feita pela Emma Watson, também se transforma com o passar dos anos, e temos Elisa Scanlen fazendo a meiga Beth que, como bem frisa Amy: “- Beth é a melhor de todas nós!” Timothée Chamalet enche a tela sempre que surge como o grande amigo e cúmplice das irmãs, em especial Joe e Amy. Laura Dern é uma mãe maravilhosa e Maryl Streep uma megera de visão direta e realista, que só o talento dela consegue impor tão bem em tela.
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Como o filme está sempre revezando entre presente e passado, a edição de Nick Houy, com a ajuda da fotografia de Yorick Le Saux e a produção de arte Chris Farmer, trabalharam em união para que o espectador sinta essas mudanças de tempo em tela. Mesmo que aqui ou ali, elas fiquem confusas. Como um filme de época, Jacqueline Durran acerta habilmente no trabalho de figurino, e que também traz resultados positivos em conduzir a trama nos seus momentos alegres e tristes, reforçados por todas as locações reais conduzidas por Claire Kaufman, que trazem até um alento num mundo de cinema regido por construtos digitais. Tudo isso segue muito bem acompanhado da trilha suave e bem direcionada de Alexandre Desplat.
Adoráveis Mulheres é mais um acerto na obra de Greta Gerwig. Uma diretora em constante evolução, que aqui trouxe uma história vívida e cheia de momentos reais que só personagens bens construídos e bem interpretados podem nos trazer.
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