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Amazon Prime | I’m your Woman – Crítica sem Spoilers!

Novo filme de Rachel Brosnahan conta uma história de crime pela perspectiva das vítimas dele: a família dos criminosos.

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Divulgação: Amazon Prime Video

I’m your Woman, filme dirigido por Julia Hart, com roteiro dela mesma ao lado de Jordan Horowitz, chegará ao Amazon Prime Vídeo em 11 de Dezembro.

Nos anos 1970, Jean (Rachel Brosnahan) é casada com Eddie (Bill Heck), Jean é uma esposa dedicada e mãe de primeira viagem, mesmo não cozinhando tão bem, e Eddie tem umas amizades estranhas. As coisas se complicam quando, em uma noite, Jean e seu filho precisa fugir às pressas porque a situação de Eddie fica complicada e ele precisa sumir. Com a ajuda de Cal (Arinzé Kene), Jean segue fugindo, em uma perigosa jornada de medo e descoberta.

Hart e Horowitz criam aqui um roteiro que foca muito bem na tensão. Com um ritmo lento o espectador, assim como a personagem principal, vai vivenciando essa nova realidade, onde o medo e a expectativa tornam-se uma constante, mesmo quando se tenta viver uma vida comum. Cada ação acaba sendo calculada, como caminhar na rua com o seu bebê, ou até mesmo conhecer ou falar com algum desconhecido. Os 40-50 minutos iniciais focam bem nesse ponto e quando o filme dá um virada na trama, e se encaminha para o seu terceiro ato, mais personagens surgem e ajudam a montar a história por completo.

Por já conhecer esse tipo de história, pude ver que alguns clichês tornaram-se inevitáveis. Eles acabam surgindo. Mas a dupla de roteiristas foi esperta ao usá-los nos momentos certos e os utilizam para trazer mensagens legais, sem fugir da trama principal. É meio triste perceber, e até prever, alguns diálogos que são bastante simples e não fogem ao padrão desse tipo de obra.

Há um excelente trabalho de design de produção, recriando bem os anos 1970, mas evitando cair no brega, usando tons pastéis e cores mais lavadas. É importante perceber como cada personagem tem as suas cores personalizadas e como o filme usa azul e amarelo na sua narrativa. Outra característica predominante é a fixação da fotografia em sempre centralizar o foco da ação, não importando se é um close, uma visão panorâmica ou um plano detalhe. O que é importante estará sempre no centro da tela. Com essas escolhas de produção, a edição também é precisa ao estender as tomadas das cenas, evitando cortes frenéticos, movendo a câmera junto com a ação, aumentando a tensão e o medo. As cenas de violência tem o peso e uso certos, nunca tornando-se exageradas ou sem propósito e o bom uso de músicas apresenta bem o clima nostálgico e também ameaçador, quando necessário.

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Rachel Brosnahan constrói bem arco dramático de Jean muito bem, indo da jovem mãe que encontra-se com medo, assustada e sem rumo para alguém que agarra as próprias rédeas da vida e carregas as cicatrizes desse caminho vivido. Arinzé Kene faz muito bem o protetor ativo e amigo. Marsha Stephane Blake é a amiga durona e esperta que sabe bem se virar nesse mundo e mesmo com pouco tempo de tela. Bil Heck cria um Eddie deplorável e desagradável.

I’m your Woman é um filme de suspense que, mesmo sendo lento, te fisga do começo ao fim. Julia Hart traz um drama de crime pela perspectiva de uma vitima que geralmente acaba invisível nas narrativas, que é a família dos criminosos. Famílias que são tão vitimas quanto aqueles que são atacados pelo crime e mostra muito bem como essas pessoas precisam encontrar forças em si mesmas e naqueles que estão ao seu lado para reagir aos perigos que as cercam.


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