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Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald | Crítica (Sem Spoiler)

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O universo mágico de Harry Potter levou às telas de cinemas em 2011 seu último filme, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. Desde então o mundo bruxo tinha pequenas incursões nas terras trouxas através da própria autora, J.K. Rowling, quer fosse via redes sociais ou via Pottermore, o site oficial da franquia. Até que, em novembro de 2016, a magia voltava as telonas com o primeiro filme de uma nova franquia, Animais Fantásticos e Onde Habitam.

A magia de Rowling estava de volta.

Engorgio!

Animais Fantásticos e Onde Habitam trazia vários dos elementos apaixonantes de Harry Potter: o mergulho em um “mundo paralelo” fantástico, a magia permeando o dia-a-dia dos personagens, um protagonista e apoios carismáticos, a sensação de haver muita história a ser descoberta e, como o nome já diz, animais realmente fantásticos. Romance, drama, aventura e mistério fazem parte, claro, do ótimo trabalho apresentado no longa.

Este ano o segundo capítulo desta nova incursão ao mundo bruxo ganha as telas dos cinemas, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, promete, e cumpre, expandir o roteiro para os eventos da campanha de Gellert Grindelwald e seu objetivo de “relegar os trouxas ao seu lugar devido… Pelo bem maior”.

Sinopse:
“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é a segunda de cinco novas aventuras no Mundo Bruxo de J.K. Rowling. No final do primeiro filme, o poderoso bruxo das trevas Gerardo Grindelwald (Johnny Depp) foi capturado pela MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América) com a ajuda de Newt Scamander (Eddie Redmayne). Mas, cumprindo sua ameaça, Grindelwald escapou da custódia e começou a reunir seguidores, a maioria desavisada de sua verdadeira intenção: criar magos de sangue puro para dominar todos os seres não-mágicos. Em um esforço para frustrar os planos de Grindelwald, Alvo Dumbledore (Jude Law) recruta seu ex-aluno Newt Scamander, que concorda em ajudar, desconhecendo os perigos que estão por vir. As linhas são desenhadas à medida que o amor e a lealdade são testados, mesmo entre os mais verdadeiros amigos e familiares, em um mundo bruxo cada vez mais dividido.”

O roteiro do longa, enquanto um ensaio de um livro que é parte de uma sequencia, tem tudo o que J.K. Rowling sabe fazer bem: vários núcleos trabalhando em paralelo, pontas soltas visando um fechamento de trama épico, utilização e reutilização de personagens previamente apresentados ou citados. É um show de criatividade. Mas…

Talvez isso seja o seu problema.

Reducto!

J.K. Rowling é, sem dúvida, uma das maiores autoras contemporâneas. Seu controle com o universo criado beira a perfeição. Até os supostos “erros” podem depois ser utilizados por ela e explicados de uma forma primorosa. Para um livro seu texto é genial! Mas, quando se trata de um roteiro para um filme, as coisas mudam. E isso é o mais complicado aqui.

A genialidade de Rowling ao trabalhar com vários núcleos e flashs backs nos livros não consegue corresponder neste longa. Se você é fã da franquia mágica como um todo, ficará fascinado com o filme. Pra você o filme é excelente! Mas, para quem não está ali buscando se aprofundar na vida dos seus amados personagens, mas apenas se divertir com um filme de aventura, o filme soará… estranho.

O longa tem um roteiro trançado entre ação, magia, flashs backs (úteis ou não), motivações, planos, EUA, França, Hogwarts… É muita informação pra pouco tempo! E, uma das, supostamente, bases do filme, os Animais Fantásticos, acabam ficando de lado.

Mas, claro, isso pode ser explicado.

Ascendio!

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é, efetivamente, o primeiro filme que encaminha a trama para o norte proposto: a grande batalha entre Dumbledore e Grindelwald. Este filme precisa “alçar voo” e deixar um pouco de lado algumas bases, como os animais, para começar a focar nos rumos certos. O filme anterior, Animais Fantásticos e Onde Habitam, é praticamente um prelúdio para este roteiro principal que se inicia aqui. Tanto é verdade que, apesar do clímax, ao terminar de ver este filme, a sensação de “quero mais” é muito maior que em qualquer outro momento das 2 horas e 14 minutos de longa. Este foi apenas o Primeiro Ato de toda uma peça que irá se desenrolar em mais 3 filmes.

Enquanto um filme, o longa é bom. Apesar dos seus problemas com o roteiro a direção é boa e a atuação de todos os atores é ótima. Exceto, talvez, pelo personagem do Teseu Scamander, interpretado por Callum Turner. Também me incomoda um pouco a forma da utilização do Erza Miller como Creedence. Acho que o ator tem muito mais a oferecer. Espero que o seu tempo em tela aumente nas sequencias.

Os efeitos visuais do filme seguem sendo um show a parte. Tudo muito bem trabalhado. Bem como sua fotografia e o figurino, que já rendeu um Oscar ao filme anterior.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é, sim, um filme muito bom pra você que é fã do mundo bruxo, e um bom filme, apesar de um pouco confuso, para quem não quer nada além de uma boa diversão com pipoca.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald
  • Direção
  • Elenco
  • Roteiro
  • Efeitos Especiais
  • Fotografia
4

Resumo

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é, sim, um filme muito bom pra você que é fã do mundo bruxo, e um bom filme, apesar de um pouco confuso, para quem não quer nada além de uma boa diversão com pipoca.

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