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As Aventuras do Capitão Cueca – O Filme | Crítica (Sem Spoilers)

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TRA LA LAAAAAAAAA!!!!

As Aventuras do Capitão Cueca – O Filme, o super-herói que usa cuecas 100% algodão chega aos cinemas e à convite dos nossas amigas da Espaço Z, fomos conferir a mais nova animação da Dreamworks.

Dirigido por  David Soren, a adaptação dos livros infanto-juvenis criados por Dav Pilkey conta a história dos dois grandes amigos George Beard e Haroldo Hutchins, que criam histórias em quadrinhos e planejam os trotes que vão aplicar na Escola Jerome Horwitz, um mar de chatice e autoritarismo comandado pelo Diretor Krupp. Um dia, acidentalmente, eles hipnotizam o diretor da escola, levando-o a acreditar que ele é o Capitão Cueca, um super-herói completamente bocó, criação deles para suas histórias em quadrinhos. Como se isso não já fosse um problemão, o novo professor da escola, Professor F, é um cientista maluco que caiu em desgraça e está disposto a vingar-se na escola. George, Haroldo e o Capitão Cueca precisam então juntar forças para acabar com os planos malignos do perigoso cientista maluco.

O roteiro de Nicholas Stoller e David Soren acerta em cheio por ser um misto de anarquia e diversão numa época em que animações correm em direção ao politicamente correto. George e Haroldo são crianças mesmo, que se divertem, brincam e se rebelam contra um sistema monótono controlado pelo Diretor Krupp, e quando as coisas se tornam malucas, elas se tornam bem maluconas mesmo. O roteiro é ágil e já começa a contar piadas logos na introdução e vai seguindo assim durante toda a animação, e você consegue rir o tempo todo, algo raro hoje.

O design da animação, criado tendo a arte do Dav Pilkey como referência consegue ser uma das coisas mais bonitas que vi esse ano em animação. Ultra-saturado como canetinhas hidrocor baratas e com paletas de cores berrantes e que conseguem ser inspiradamente infantis e verdadeiras obras-primas no quesito técnico. Poucos filmes conseguem essa façanha de ter a cara de desenho feito por uma criança e ser também carregada de um apuro técnico impressionante. Os designs dos ambientes são ao mesmo tempo bem caracterizados e bastante expressivos, vide a casa da árvore do George ou o escritório do Diretor Krupp, e cada personagem é muito bem feito, dos cabelos mesmo estilizados, sendo incrivelmente texturizados, ao design simples e eficaz do Capitão Cueca. A animação é perfeita e consegue ser plural, por saber a hora certa de usar animação 2D tradicional, flip-art e um hilário momento em stop-motion.

A trilha sonora do Theodore Shapiro é certeira e bem utilizada, e aqui temos uma das melhores dublagens do ano. Dá pra notar a diversão que a equipe teve e, felizmente, nada de pseudo-celebridades e nem youtubers palermas vieram para estragar as coisas. É uma obra 100% profissional de dublagem brasileira da melhor qualidade.

Capitão Cueca é um acerto do começo ao fim. Simples, direto, engraçado e tecnicamente impecável. Há a boa e velha moral da história e também aquelas camadas de crítica e piadas que só os adultos vão sacar, entretanto a animação cumpre com louvor o seu fator primordial que é o de divertir sempre. Precisamos de mais obras assim.

As Aventuras do Capitão Cueca - O Filme
  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
3.5

Resumo

” – Capitão Cueca é um acerto do começo ao fim. Simples, direto, engraçado e tecnicamente impecável.”

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