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As Panteras | Crítica (SEM Spoilers)

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A Sony nos últimos meses vem apostando em ressuscitar franquias que estavam encostados no seu catálogo. Fizeram isso com Homens de Preto e agora lançam As Panteras, seriado clássico do final dos anos 70 agora em uma nova versão dirigida por Elizabeth Banks.

Com roteiro da própria Banks, Evan Spiliotopoulos e David Auburn, esse longa é encaixado na cronologia iniciada nos anos 1970. As série de 1978 e 2011 e os filmes de 2001 e 2003 agora são todos válidos e são referenciados visualmente nesse novo filme agora agência tal sangue atua em nível global em missões dos vários tipos e com várias equipes de Panteras e com diversos “Bosleys”, que servem como lideranças das várias sedes espalhadas. Nesse novo cenário somos apresentados as duas novas Panteras Jade Kano (Ella Ballinska) e Sabina Wilson (Kristen Stewart) . Elas precisam trabalhar juntas com a atual Bosley (Elizabeth Banks) para resolver o caso Elena Hougllin (Naomi Scott), uma cientista que trabalha para uma empresa de tecnologia em energia renovável que desconfia ter um de seus projetos transformado em uma arma de destruição em massa.

Melhor coisa do filme são as três personagens principais. A Elena de Naomi Scott mostra a visão do espectador dentro desse universo fantástico de espionagem. Ela aos poucos vai descobrindo e se maravilhando com as situações existentes nesse universo e quer muito fazer parte dele. Kristen Stewart monta a sua Sabina como a mais despojada das três personagens. Ela gosta de ser espiã, ela gosta desse universo e se diverte fazendo o o seu trabalho. A Jade de Ella Ballinska mostra-se como a superespiã, sempre eficiente, sempre focada no trabalho e usando a espionagem para esconder seus verdadeiros sentimentos.

É muito bom ver que o roteiro do filme se preocupa em mostrar mulheres fortes e independentes, e os diálogos do filme bem apresentam bem essa característica. Entretanto, é fácil perceber todos os clichês que o gênero tem, o roteiro não foge deles e oscila bastante entre erros e acertos quando os utiliza. Assim, o filme tem bons momentos de interações entre as personagens, mas o desenvolvimento da ideia principal acaba ficando um pouco arrastada, em especial no seu segundo ato. Em questão de fotografia e design de produção é bastante perceptível as influências de filmes como os novos 007, Missão: Impossível e a franquia Bourne e, ao se utilizar dessas referências, o filme traz também alguns dos erros e acertos destes. As sequências de ação acabam sendo prejudicadas pelo excessivo uso de cortes e câmera tremida. Já o figurino do longa é um de seus maiores acertos ao usar as roupas das personagens para definir muito bem as suas personalidades. A trilha sonora no geral segue as batidas dos filmes de espionagem, exceto quando toca alguma música das cantoras pops envolvidas no longa, como Ariana Grande, Miley Cyrus e Lana Del Rey.

As Panteras mostra ser uma tentativa da Sony em criar uma nova franquia tendo como elemento principal um universo gigante e compartilhado. Parece, e é, exatamente uma tentativa de copiar o Universo Marvel, usando o carisma de uma franquia já bastante conhecida do grande público e, com isso, trazendo uma aventura simples e divertida com personagens carismáticas para os espectadores e com uma mensagem positiva em relação ao papel da mulher no mundo atual.

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