Filmes

Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa | Um belo e louco acerto da DC!

Publicado há

em


Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa finalmente chega aos cinemas e nós do Multiversos já conferimos e traremos a nosso crítica sem spoilers. Agradecemos mais uma vez às nossas amigas da Espaço Z  pelo convite.

Dirigido por Cathy Yan e escrito por Christina Hodson, a nova incursão dentro do Universo DC conta a história da Arlequina (Margot Robbie), agora separada do Coringa em definitivo, e também da Canário Negro (Jurnee Smollett), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), Cassandra Cain (Ella Jay Basco) e a policial Renée Montoya (Rosie Perez) formam um grupo inusitado de anti-heroínas contra o vilão Roman Sionis, o Máscara Negra (Ewan McGregor).

Como já tava na cara desde o anúncio do projeto, Margot Robbie é a grande estrela do filme. A sua Arlequina brilha tão forte e é de força magnética tão grande que não dá para desgrudar os olhos dela quando a personagem entra em cena. Margot ri, chora, grita, espanca, apanha, salta e nunca para um instante sequer em tela, transmitindo a hiperatividade da Arlequina à todo o momento e também não se esconde em bons modos, deixando claro que a personagem é uma vilã e vai sacanear as pessoas na primeira oportunidade que tiver.

O elenco coadjuvante tem em seu maior destaque a Canário Negro. Jurnee Smollett não faz feio no papel de Dinah Lance e faz um excelente trabalho. Mary Elizabeth Wintead consegue ir bem com sua Caçadora, mesmo com um tempo menor de tela Rosie Perez é muito competente no papel de Montoya e a jovem Ella Jay Basco completa o time com ladra malandra Cassandra Cain.

É prazeroso de ver o quanto o Ewan McGregor abraçou esse projeto. Seu Roman Sionis é ultra caricato, com seus trejeitos e afetações e, ao mesmo tempo, consegue sempre transmitir um ar pesado e ameaçador, isso graças ao grande trabalho de McGregor e, ao seu lado, temos sua sombra no papel de Victor Zsasz, onde Chris Messina soube dosar bem um misto de dominado e de dominador nas entrelinhas desse casal.

Hodson acertou em criar um roteiro cheio de idas e vindas. Isso acaba refletindo muito bem a mente maluca da Arlequina, que é a nossa narradora da história, com um divertido trabalho de narração em off. Isso trouxe agilidade na narrativa dos dois primeiros atos e também ajudou na hora de apresentar os muitos personagens do filme de forma clara, e isso também ajudou a criar diálogos rápidos e diretos e sem muita enrolação.

Na parte técnica, a adição da equipe de Chad Stahelski (‘Matrix’ e ‘John Wick’) nas partes de ação fez toda a diferença, tornando os momentos de luta excelentes e muito bem coreografados e apresentados em tela. Outro ponto forte é o design de produção trazido por K.K. Barrett, que soube criar das ruas sujonas às pirações como o apartamento da Harley. O filme sabe utilizar muito bem o visual de clipes e a trilha sonora criada por Daniel Pemberton que vai de Barry White, Heart e uma boa coleção de pops e rocks deliciosamente grudentos.

Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é um grande acerto ao abraçar sem pudor a piração e o massavéio de sua proposta. Exagerado e brega ao extremo, o filme tem a grande força de Margot Robbie, que lutou muito para que o projeto ganhasse vida e que bom ver toda essa maluquice divertida deu certo na telona.

Clique para comentar

Mais Lidos

Sair da versão mobile