Brincando com Fogo, dirigido por Andy Fickman e estrelado por John Cena, chega aos cinemas no dia 12 de dezembro. Nós do Multiversos pudemos conferir o longa a convite das amigas e parceiras da Espaço Z.
Jake Carson (John Cena) é um bombeiro extremamente dedicado e rigoroso, que não aceita que algo ocorra fora das regras impostas pela corporação. Ao resgatarem as crianças Bryan (Brianna Hildebrand), Zoey (Finley Rose Slater) e Will (Christian Convery), Jake e seus companheiros de trabalho enfrentam um enorme desafio: como não conseguem localizar os pais do trio, precisam eles mesmos cuidar das crianças, mesmo sem ter o menor cacoete para a função.
John Cena vem com o seu carisma brucutu oriundo do seu tempo como lutador de WWE, e usa de caras e bocas com uma canastrice que é até engraçada em tela. John Leguizano e Keegan Michael-Kay fazem bem os seus papeis de amigos fieis e fontes de piadas na trama e por último temos o Tyler Mane completando o time com o militar caladão com cara de mau, porém fofinho por dentro. Judy Greer vem como a vizinha que gosta do John Cena e as crianças até que são carismáticas, sendo a fonte de várias situações engraçadas no filme.
Dito o que é bom no filme, todo o restante mostra que Andy Fickman continua sendo um diretor menor. O roteiro da dupla Dan Ewen e Matt Lieberman é um dos mais medíocres do ano de 2019. Dá pra fazer um checklist da piadas que eles vão usar no filme: Piada de peido? Tem. Piada com bolhas de sabão? Tem. Piadas com machões que escondem seus sentimentos? Tem… e assim se seguem por 96 minutos que, graças a má divisão de tempo dos atos e à péssima edição feita por Elisabet Ronaldsdóttir, faz o filme ficar com a sensação de ter o dobro do tamanho. A fotografia de Dean Semler é simples e eficiente, mas deixa tudo com cara de filme para a TV e tem isso reforçado pelo design de produção limpinho e enlatado de Brent Thomas. Nathan Wang traz uma trilha sonora boba e previsível, que só emoldura as situações pastelões.
Brincando com Fogo tem um bom elenco, que mesmo se esforçando na tela, não conseguem salvar um filme arrastado, com roteiro previsível e com clichês mal utilizados. Um filme que em outros tempos iria direto para a locadora de home vídeo e que pode até agradar um expectador menos exigente.
