Críticas

Capitão América: Guerra Civil

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E a Marvel trouxe a guerra até nós a Guerra Civil!

Acaba de estrear nos cinemas e, a convite dos nossos amigos do CosmoNerd (obrigado, Victor!), fomos assistir o filme na pré-estreia.

A empolgação acabou dominando. Mesmo tentando sempre baixar as expectativas para, assim, ter uma experiência livre de frustrações, foi inevitável. O pequeno Marvete em mim, que ia todos os dias à banca do ‘Seu Zé’ encher o saco dele perguntando se tinha chegado o amado formatinho de Superaventuras Marvel, pulou de alegria ao sentar na poltrona do cinema (bastante confortável, diga-se de passagem, o que me fez ter a minha própria Guerra Civil contra o sono, afinal, a pré começou mais de meia-noite) e começar a acompanhar tudo o que a Casa das Ideias estava preparando para um público fiel e completamente apaixonado por esses personagens.

Mas o que devemos entender nesse filme, principalmente quem leu os quadrinhos é: não tem nada a ver com o plot principal da HQ. Inclusive esquecemos que esse é um filme do Capitão América, estamos recebendo ele como um Vingadores 2.1, a própria Marvel não nos trouxe um filme do Capitão. Ele esta lá, sim, é importante para todo o desenvolvimento do filme, mas Steve acabou sendo deixado de lado.

Os lados são bem definidos no filme, como nos quadrinhos, e você entende o posicionamento de cada lado e o que eles estão defendendo. Mas algo que me incomodou nos trailers o tempo todo, acabou se mostrando verdade. Que todo o levante do Capitão foi por conta de sua amizade com o Bucky e o governo dos EUA estar caçando o Soldado Invernal.

A cena inicial, e que corrobora com o governo para se dar conta que os heróis estão precisando de um freio, é incrível. As cenas de combate, as equipes trabalhando junto, Steve mostrando como é o Capitão em combate é de tirar o fôlego. Mais uma vez os Irmãos Russo mostrando que entendem muito bem de dirigir cenas de lutas.

O Falcão finalmente mostrando do que é capaz em combate e a grata surpresa da introdução do seu parceiro Asa Vermelha, que nos quadrinhos é um pássaro de verdade e que Sam possui uma ligação psíquica, só que no filme… bom, vá ver e tenha gratas surpresas.

Temos uma equipe em cena, trabalhando de forma ordenada e fluida, como na HQ, também temos uma explosão. Apesar de que muitos de nós acabamos esquecendo, esse é um filme da Marvel, que tende a suavizar na sua trama. Nos quadrinhos, a explosão em Stamford é bem mais dramática, afinal, crianças morrem.

E o que falar do nosso “Underoos”?

O cabeça de teia, depois de uma verdadeira rinha de advogados, fez sua estreia no universo cinematográfico da Marvel, e como o nome título de seu filme solo, SpiderMan Homecoming, o amigo da vizinhança está de volta pra casa.

E que volta!

Não vou encher este texto de spoilers, não, ele é mais para instigar a você ir ao cinema, e a surpresa que tive com a forma que ele é introduzindo é espetacular.

Eu não preciso ser mais uma vez introduzido a dor que o Jovem Peter Parker passa, já sabemos. E o conceito de “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” é explanado e mostrado de forma bem verdadeira em um diálogo franco do personagem.

As lentes refratáveis (obrigado, Damásio), ou melhor, o fechar dos olhos, uma grande referência ao universo das HQs, é explicado de forma genial em uma linha de dialogo. São essas preocupações e carinhos que fazem você ter certeza que é muito bom estar de volta ao lar. E como a Marisa Tomei no papel de Tia May traz um novo vigor a um personagem já bastante conhecido por todos.

E o filme teve mais que Homem-Aranha, tivemos o Homem-Formiga, que nos brindou com uma das melhores cenas do filme. O Pantera Negra deixando no ar a vontade de conhecer todo o reino do guerreiro Rei Tchala, e como ele roubou a cena por diversas vezes.

Feiticeira Escarlate crescendo como a personagem poderosa e relevante que ela é. O Visão e sua interação com esse mundo ainda novo para ele.

Viúva Negra faz um ponto de análise de tudo o que esta acontecendo e até sendo o contraponto nos dois lados do conflito.

Ainda dá tempo de termos um vilão intelectual em todo o desenrolar, alguém importante que culmina nessa guerra, bom, guerra não, digamos que um desentendimento grande entre amigos.

O grande ponto baixo do filme é o seu titulo final não é um filme do Banderoso, inclusive no final com a mensagem que o Homem-Aranha retornará, mas em nada tira o brilho do filme, me deixando bastante curioso em saber como os diretores que estão trabalhando nesse universo pretendem superar o trabalho primoroso dos irmãos Russo. O filme me deixou bastante empolgado para a Guerra Infinita e o que Anthony e Joseph Russo pretende fazer com nossos heróis.

Finalizando, e realmente tentando não soltar spoilers aqui, o filme tem uma excelente trama, que abre possibilidades nesse universo Marvel que estamos acompanhando desde 2008. Universo este que têm a sua construção feita de forma coesa e tranquila (aprende Warner/DC!).

Capitão América: Guerra Civil abre também essa nova fase, completamente revigorada, me deixando inclusive curioso como será toda a introdução do Dr. Estranho junto a esses personagens já tão conhecidos por nós.

E você apressadinho, não saia do cinema correndo, pois temos duas cenas extras que trazem ligações bem relevantes e são bem legais de serem vistas.

Capitão América: Guerra Civil estreia dia 28 de Abril.

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