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Carlos Ruiz Zafón

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”Existimos enquanto alguém nos recorda..”
Carlos Ruiz Zafón

            Caracterizada por um estilo com fortes influências de estéticas expressionistas e gótica, juntamente com a combinação de muitos elementos em uma narrativa de registro basicamente perfeita, com uma técnica impecável e um excelente uso da linguagem e da estrutura narrativa, permitem que combine elementos de romances tradicionais do século XIX e a utilização chocante de imagens e texturas de grande impacto. Estas são as características da literatura de Carlos Ruiz Zafón, que constrói uma narrativa capaz de articular quadros de extraordinária complexidade com uma simplicidade e facilidade enganosa.

            Nascido em 25 de setembro de 1964 na cidade de Barcelona, Ruiz Carlos Zafón decidiu entrar no mundo das palavras com 26/27 anos de idade. Como não tinha um editor, decidiu aventura-se e levar o exemplar original de seu primeiro romance, O Príncipe da Névoa, para a um concurso de literatura juvenil, no qual ganhou o seu primeiro prêmio, o Edebé.

            Quando Zafón escreveu seu primeiro livro, tinha em mente que fosse um livro que ele gostaria de ler quando tinha 13/14 anos de idade, mas que seria um livro que continuaria despertando interesse quando tivesse 23, 43 ou 83 anos.

“O ato de contar histórias transcende restrições de idade.”
Carlos Ruiz Zafón.

            Iniciando sua carreira com romances juvenis, seus três primeiros livros foram: O Príncipe da Névoa (1993), O Palácio da Meia-Noite (1994), As Luzes de Setembro (1995), estes três livros formam a La Trilogía de La Niebla, traduzido para português seria A Trilogia do Nevoeiro. É possível ver a evolução do autor nesses livros, como sua escrita foi se refinando, As Luzes de Setembro, sendo o último livro da trilogia, mostra de forma mais acentuada a veia cinematográfica do escritor, e serve de base para o que estaria para nascer na mente criativa de Zafón.

            Seu quarto livro, Marina (1999), foi o último livro juvenil que escreveu, já com uma narrativa mais madura, nos é apresentado o personagem favorito de Zafón, a cidade de Barcelona, diferente dos três primeiros livros, que se passaram em lugares diferentes, a partir deste livro Barcelona passa a ser a “sede” dos livros do autor, e ela não tem papel apenas de cenário, a forma que o autor descreve a cidade faz com que ela ganhe vida e personalidade.

“O talento visionário de Zafón para contar história é um
gênero literário em si.”
USA Today

            Em 2001 Zafón publicou A Sombra do Vento, seu primeiro livro voltado ao público adulto, e foi o marco para sua fama Espanha a fora. O livro foi traduzido em 36 idiomas, e publicado em cerca de 45 países, vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo mundo, foi finalista dos prêmios literários espanhóis Fernando Lara, em 2001 e Llibreter, em 2002. Em Portugal, essa obra foi premiada com as Correntes d’Escritas, do ano de 2006 e foi eleito o Melhor Livro de 2002 pelos leitores de La Vanguardia.

            Logo após, o autor escreveu O Jogo do Anjo (2008) e O Prisioneiro do Céu (2011), são historias que, junto com A Sombra do Vento, formam a trilogia do Cemitério dos Livros Esquecidos, “Os romances desse ciclo são livros sobre a literatura, o ato de escrever, a linguagem, a narrativa, os leitores. É um mundo de livros dentro dos livros, uma série de novelas que refletem sobre o que significa a criação literária. ” (Carloz Ruiz Zafón)

“Eu gosto de pensar que, serei capaz de recordar agora melhor,
aqueles anos em que eu também pensava ser jovem e que as
imagens e palavras eram capazes de tudo.”
Carlos Ruiz Zafón

            Outra peculiaridade da nova trilogia, é que os livros podem ser lidos em qualquer ordem e ainda assim a trilogia é compreendida, pois cada livro é uma história fechada, cada livro se interliga ao outro, porém os acontecimentos de um não impedem o entendimento do outro.

                Os trabalhos de Zafón foram publicados em 45 países e foram traduzidos em mais de 30 idiomas. Estes números, colocam Ruiz Zafon como o mais bem-sucedido escritor contemporâneo espanhol. Atualmente está trabalhando em um novo romance. Além disto ele escreve roteiros para o cinema e faz colaborações nos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.

***

Curiosidades do Autor

Uma frase: O que você escreve é ??o que mais se parece com você.

Um lugar: Planeta Terra.

Um prato: Cheesecake de Manga.

Uma viagem: Qualquer uma que me leva para um lugar desconhecido.

Uma noite: Praia de Carmel, na costa central da Califórnia, no dia de Natal de 1999.

Uma canção: Bagatella N4 de Gerald Finzi.

Um brinquedo: Piano.

Um herói: Orson Welles.

Uma imagem: Qualquer das névoas douradas de JW Turner.

Um talismã: Minhas memórias.

Um mau hábito: Baseando-se no que você sabe, às vezes você não deve confiar.

***

Estes são os prêmios que já recebeu em todo o mundo:

Na Espanha:

  • Prêmio da Fundação José Manuel Lara do livro más vendido.
  • Prêmio dos leitores de La Vanguardia.

Nos Estados Unidos:

  • Borders Original Voices Award.
  • Gumshoe Award.
  • New York Public Library Book to Remember.
  • BookSense Book of the Year (Menção Honrosa).
  • Barry Award, Joseph-Beth and Davis-Kidd Booksellers Fiction Award.

Na França:

  • Livre de Poche 2006.
  • Prêmio de melhor livro extranjeiro.
  • Prix du Scribe.
  • Prix Michelet.
  • Prix de Saint Emilion.

Na Holanda:

  • Prêmio de los Lectores.

Na Noruega:

  • Bjornson Order ao mérito literário.

No Canadá:

  • Prêmio dos livreiros do Canadá/Quebec.

Na Bélgica:

  • Prêmio Humus do melhor livro do ano votado pelos leitores da Bélgica (2006).

No Reino Unido:

  • Ottakar’s prize.
  • Nielsen Golden Book Award.
  • Finalista de Author of the Year 2006 British Book Awards.
  • Sexta posição na lista de Waterstone’s dos 25 melhores livros dos últimos 25 anos.

Em Portugal:

  • Prêmio Varzim de Povoa.

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