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Coffin Hill

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Mistérios, maldição, investigações, criaturas sombrias, bruxaria e sangue, muito sangue. É isso que você irá encontrar na obra tema do nosso JáLeu? De hoje! Curte esse lado dark? Então continue lendo nossa resenha, pois com certeza Coffin Hill vai te agradar.

Coffin Hill é uma criação da novelista Caitlin Kittredge, autora da trilogia O Código de Ferro, e de outras obras no gênero dark fantasy; Caitlin vem sendo considerada no mercado internacional, a grande novidade para esse gênero (existem até comentários de que ela foi cotada para trabalhar em uma HQ da Mulher Maravilha). E ainda sobre a criação, contamos com a arte do talentoso Inaki Miranda, conhecido por seu trabalho em Fábulas – As Mais Belas.

A história se passa em volta de nossa protagonista Eve Coffin; herdeira não somente da fortuna pertencente à poderosa família Coffin, mas também de uma grande maldição de suas ascendentes, bruxas vindas desde Salem. Vivendo na cidade Coffin Hill, Massachusetts, Eve cresce como uma adolescente problemática, que após o falecimento de sua avó, torna-se ainda mais ousada, buscando sempre chamar a atenção de sua família e desafiando o perigo que o seu sangue carrega.

Alguns dias antes do Halloween, Eve e seus amigos se reuniram na floresta sombria da cidade e lá decidiram “brincar” de bruxaria, invocando uma força das trevas que acreditavam ali existir; com um livro da família em mãos e com o sangue de bruxa em suas veias, a audaz adolescente se pôs a pronunciar os dizeres da invocação, e o resultado da brincadeira gerou consequências irreparáveis. Dani, uma de suas amigas, foi levada pelo ser da escuridão; e Mel, bom, falaremos mais a seguir sobre o que aconteceu a Mel.

Avançamos alguns anos e agora Eve é uma policial em Boston que acaba de fazer a apreensão de um assassino em série no qual todos estavam atrás, o que acaba lhe trazendo uma fama indesejada. Não bastasse isso, a jovem é baleada e precisa passar por cirurgia e uma pequena estadia no hospital. Para fugir de toda conturbação do momento, voltar para Coffin Hill torna-se uma solução assustadora, mas inevitável.

Chegando em sua terra natal, a notícia de que jovens estão desaparecendo na obscura floresta da cidade, traz de volta lembranças da fatídica noite que tanto procurou esquecer; mas agora isso não é mais uma opção, pois as vidas desses jovens dependem de Eve e é preciso encarar isso de frente.

O retorno ao lar é de cara marcado por seu reencontro com Nate, atual delegado da cidade, mas que há alguns anos fazia parte da turma de Eve, pois era namorado de Mel, sua melhor amiga. Assim como Eve, Nate também se culpa pelo o que aconteceu na noite do sumiço de Dani. Ele estava com a turma naquela noite, mas assim que as meninas começaram o ritual ele decidiu ir embora, as abandonando na floresta.

Após o reencontro, Eve, mesmo que a contragosto de Nate, começa o ajudar nas investigações. Ela consegue sentir que, desde o tal ritual algo foi libertado e somente ela poderá resolver esse mistério. Nesse momento muitos flashbacks irão surgir na história, e sinceramente isso me incomodou um pouco pois não houve uma boa divisão para esses acontecimentos.

Fora toda a rebeldia de Eve já citada no início do nosso texto, com esses flashbacks ficamos sabendo de algumas histórias da turma, e dentre elas, da paixão que a bruxa Coffin sempre sentiu pelo atual delegado. Além disso, também nos é revelado o destino de Mel, que foi parar em um hospital psiquiátrico, vivendo de maneira quase que vegetativa.

Pois bem meus amigos, depois de tudo isso nos ser apresentado, as partes de suspense irão começar. E é bem nessa parte que me senti um pouco decepcionada, pois o roteiro não te faz pensar muito, algumas coisas são um pouco óbvias, mas mesmo assim conseguiu de alguma forma prender a minha atenção.

O ápice da história é quando Mel de repente desperta de seu estado de inércia, como se nada houvesse acontecido. A mesma recebe alta do hospital psiquiátrico em que estava internada e passa a morar com Nate. O fato não desperta apenas o ciúme em Eve, mas também um desejo de resolver logo todo o mistério que a vem cercando.

Logo Eve percebe que na verdade Mel se foi junto com Dani naquele dia de horror, e o ser que habita aquele corpo é quem está causando todo o mal na cidade. Diante disso, Eve irá perceber que para conseguir vencer esse “monstro” que ela mesma libertou não será preciso apenar coragem, mas também buscar a escuridão que vive dentro de si.

Durante essa luta das trevas muita coisa é revelada e você passa a entender melhor o porquê de tudo o que aconteceu. Mas pelo que parece não chegamos ao fim. O roteiro deixa um suspense pairando, e um novo acontecimento é imposto bem na última página.

O volume 1 de Coffin Hill reuni as edições de 1 a7. A obra nos EUA já está na 22ª edição, então acredito que já já teremos o lançamento do volume 2 aqui no Brasil. Gostaria de destacar o quanto é linda a arte do Inaki Miranda, principalmente nas cenas sangrentas. Sem dúvidas a arte me deixou bem mais à vontade com a leitura, além de me prender de forma encantadora.

Ahhh… não posso deixar de dizer pra vocês que no final temos uma rápida e reveladora história sobre um fato da infância da mãe de Eve Coffin, além de uns extras da produção das artes desenvolvidas. É isso, se você ainda não leu, leia! E se você já leu compartilhe conosco suas impressões!

 

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