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Crítica | Aquaman, uma aventura pipocão deslumbrante!

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Aquaman, novo filme do Universo Cinematográfico da DC. Dirigido por James Wan e protagonizado pelo querido brucutu Jason Momoa.

Sinopse:
“O filme revela a história de origem do meio-humano, meio-Atlante Arthur Curry, levando-o na jornada de sua vida — uma jornada que vai forçá-lo a não só encarar sua verdadeira identidade, mas também a descobrir se ele tem o que é necessário para ser… um rei.”

O longa, mesmo tendo a proposta de apresentar um filme de origem ao personagem, acerta em não se prender a alguns clichês do gênero. Quase toda a proposta de apresentação do passado do herói é feita via flashbacks muito bem inseridos em momentos chave do roteiro. Com isso não há o desgaste de tempo para ligar pontos e as assimilações entre o passado e o presente do herói são imediatas. Os mesmos flashbacks são os guias da apresentação das motivações básicas do protagonista.

É importante ressaltar que, desde a primeira cena, tudo aponta para a montagem do personagem de Jason Momoa como nos foi apresentado. O crescimento longe da figura materna, a vida “solitária” com o pai um clone trooper aposentado tornando-o uma pessoa mais reservada, os motivos para não ter interesse em resgatar sua origem atlante. Todos os elementos que norteiam a montagem do Arthur Curry que conhecemos no cinema estão ali, muito bem apresentados no decorrer do primeiro ato do filme.

Ainda no primeiro ato temos a apresentação de todo o restante do elenco. Nicole Kidman traz, inicialmente, uma Rainha Atlanna com uma alusão muito clara a Splash: Uma Sereia em Minha Vida, na sua primeira apresentação ao mundo da superfície, e também presenteia o espectador com a primeira cena de luta do filme. E que luta! Um plano sequência de tirar o fôlego, que mostra à que o diretor James Wan veio. O romance proibido da Rainha Atlanna pelo faroleiro solitário, interpretado por Temuera Morrison, é o ponto de ignição de todo o desenvolvimento da trama.

Amber Heard, e sua Mera, são quase co-protagonistas no filme ao lado de Jason Momoa, não apenas coadjuvantes. Mera atrai e conduz Arthur Curry durante todo o desenvolvimento da história. Patrick Wilson (Orm), Willem Dafoe (Nuidis Vulko) e Dolph Lundgren (Rei Nereus) fazem as vieses da corte real Atlante e mostram que, em alguns aspectos, o reino das águas não é tão diferente do reino da superfície com suas nuances e politicagens.

A estrutura geral do enredo é simples mas bastante funcional. O filme aposta na aventura como forma de ampliar a simpatia do herói e apresentar camadas menos “brucutulescas” ao Aquaman de Momoa, e apresenta Mera como tudo, menos uma “donzela em perigo”. Muito pelo contrário, é ela quem salva o mocinho em várias situações.

Se há algo a se criticar no roteiro do filme, apesar de, ainda assim, ser bem executado, é o segundo ato. Há uma leve sensação de barrigada na tentativa de gerar cenas de ação, comédia ou leve romance que poderiam ter sido evitadas, mas nada que comprometa a estrutura geral do longa. No fim, você aproveita os momentos muito bem. As 2h22m do filme passam muito rápido, deixando a sensação de ‘quero mais’.

O terceiro ato do filme é grandioso como nenhum outro filme da DC até o momento. Ouso dizer que maior que o de boa parte dos filmes de heróis feitos até aqui, não só pela DC/Warner. Os embates finais do longa tem uma grandiosidade de informações tamanha que deixo aqui uma sugestão para vocês: tentem assisti-lo na maior tela possível, e em um cinema com uma excelente qualidade de som. De preferência, em 2D.

Aquaman é, sim, lindo visualmente. Quase todas as cenas do filme tem momentos que dão ótimos papéis-de-parede. A fotografia do filme é realmente belíssima. Vale ressaltar que vários desses “papéis-de-parede” são tirados de artes de quadrinhos assinados pelos brasileiros Ivan Reis e Joe Prado, dois expoentes que estiveram à frente das artes do herói nos quadrinhos por alguns anos e que, com todos os méritos possíveis, tem seus nomes na lista de agradecimentos do filme.

O CGI do filme poderia, sim, ser melhor. Há uma sensação de que, a qualquer momento, algumas mechas dos fios de cabelos dos personagens vai sair “nadando sozinho” da cabeça do ator. Isso pode incomodar um pouco, sim, mas nada que comprometa a experiência, claro. Mas, para além dos pormenores, de todas as vantagens que o filme possa ou poderia ter, a maior é ter a direção de James Wan. A condução que o diretor dá às câmeras nas cenas de ação é de deixar a qualquer um bobo. O diretor mostra muito bem do que é capaz e deixa o expectador na vontade de ver o que o futuro guarda para o herói.

Roteiro certeiro, aventura empolgante, imagens e cores de encher os olhos. Aquaman é um acerto ainda maior que Mulher-Maravilha para o UCDC, e para a Warner, depois dos fiascos público de Esquadrão Suicida e Liga da Justiça. O herói mais zoado da história pega o bastão passado por Diana e seu ótimo filme e, com folga, deixa seus aliados cheios de esperança com o que o futuro reserva.

Aquaman estreia dia 13 de dezembro.

Aquaman
  • Direção
  • Elenco
  • Roteiro
  • Efeitos Especiais
  • Fotografia
4

Resumo

Roteiro certeiro, aventura empolgante, imagens e cores de encher os olhos. Aquaman é um acerto.

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