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Crítica | Assassin’s Creed

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Uma das maiores franquias dos games da última década chega aos cinemas e traz consigo a mais complexa das missões: vencer o estigma que existe com os filmes baseados em games!

Com uma trama original em relação à qualquer um dos games da franquia, Assassin’s Creed não exige do público conhecimento prévio do universo onde o espectador irá imergir. Somos apresentados a duas sociedades secretas antagônicas que, à sua maneira, buscam o bem da humanidade: Templários, responsáveis pela “nova ordem mundial”, buscam o fim da violência, mesmo ao custo da liberdade humana; e os Assassinos, que querem o livre arbítrio acima de tudo.

Callum Lynch (Michael Fassbender), um presidiário condenado à morte, é “recrutado” pela Dra. Sofia Rikkin (Marion Cotillard) e levado ao centro de pesquisas da Fundação Abstergo, em Madri. Ao ser apresentado ao Animus, uma máquina capaz de acessar a memória genética de Cal, este passa a reviver as memórias de Aguilar, seu antepassado, no ano de 1492 na Espanha.

A Fundação Abstergo, comandada por Alan Rikkin (Jeremy Irons), é mantida pela ordem dos Templários para, através de suas pesquisas, encontrar a Maçã do Éden, uma relíquia que, supostamente, contém o segredo do livre arbítrio da humanidade e, com isso, o poder de acabar com a violência.

Apesar dos elementos apresentados no início do filme tentando trazer ao espectador os conceitos das duas sociedades secretas visando uma identificação com as ideias e uma reflexão sobre a razão “liberdade x violência”, o filme falha miseravelmente e só consegue realmente manter a atenção do público através das cenas de ação protagonizadas no Animus. Com um bom trabalho de edição e efeitos visuais, o Animus promove as melhores cenas que você verá no longa. Os fãs da franquia de games notarão grande diferença entre o Animus do game e do cinema, que ficou visualmente bem mais interessante!

Um ponto forte do longa é a bem trabalhada dinâmica dos saltos entre o passado e presente que ajudam na construção do personagem central, bem como a apresentação dos demais personagens que vivem experiências de regressão no Animus e que deixam claro o quanto a regressão afeta a personalidade do usuário da máquina, por causar uma sincronia entre a mente do descendente e do antepassado.

O clímax do filme se apresenta de forma forçada e, assim como o restante do filme, com uma condução lenta. Parece até contraditório dizer isso de um filme de ação, mas a direção do filme conseguiu essa proeza.

Assassin’s Creed entretém com suas cenas de ação, com lutas bem similares ao game, figurino bastante fiel ao jogo e trilha sonora “ok”, mas, infelizmente, não faz jus à franquia que revolucionou a jogabilidade dos games da última década.

Assassin's Creed
  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
2.5

Resumo

Assassin’s Creed entretém o grande público apesar das suas falhas, mas vai entristecer o fã mais antigo da franquia ou o espectador que espera um roteiro amarrado e de qualidade.

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