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Crítica | Maior e mais divertido; Shazam! Fúria dos Deuses é um dos melhores filmes de supergrupo da DC
Sequência consegue segurar bem a coexistência do humor e do drama, mas peca no roteiro do terceiro ato genérico.
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1 ano atrásem
Após quatro anos do lançamento de Shazam!, a aguardada sequencia da DC finalmente chega aos cinemas em um momento de importante transição dentro do DCU, e por mais que já possamos ver algo da nova gestão dentro do DNA do longa, o filme não carrega um grande peso nas costas, algo que The Flash, próximo filme da casa do Superman e companhia terá de suportar.
No todo mais, Shazam! 2 tem uma missão única, mostrar aos novos co-CEOs da DC Studios James Gunn e Peter Safran, que seu universo ainda tem gás para continuar na nova DC.
A HISTÓRIA
O filme se passa dois anos após os acontecimentos do primeiro filme, sendo mais uma vez situado na cidade de Filadelfia, famosa cidade do eterno Rock Balboa. Neste ponto da história, vemos Billy Baston (Asher Angel) /Shazam (Zachary Lev) e seus irmãos de criação tendo que lidar com os desafios da (agora) adolescência e de serem super-heróis.
Todos continuam em suas missões de proteger sua cidade natal dos crimes diários da metrópole, embora as autoridades locais não os valorizem muito devido aos vários casos chamados pejorativamente de “Fiascos da Filadelfia”, por acabarem levando a culpa pelos inúmeros estragos causados pelo grupo a cidade.
Além de toda essa “má fama”, Billy tenta constantemente manter seus irmãos unidos, por medo de que algo ruim aconteça a eles, mas com a chegada da vida adulta se aproximando pela frente, os interesses de todos começam a se tornarem divergentes.
FILME
Shazam! Fúria dos Deuses é sem dúvida alguma um dos mais divertidos filmes da DC (até mais que o primeiro, diga-se de passagem), que conta também com uma dose de ousadia em seu escopo e consegue navegar com mais fluidez entre a comédia e o drama do que o seu antecessor. Tanto que seus dois primeiros atos são deliciosos de acompanhar, muito por conta da Família Shazam, que nesse novo longa tem suas relações melhores desenvolvidas, lembrando bastante das interações que vemos nos quadrinhos.
Entretanto, como nem tudo são flores, alguns raios estão pelo caminho – pegou a referência? – e acertam em cheio seu terceiro ato. Diferente do final grupal do primeiro filme, aqui o enfoque fica totalmente em Shazam! É compreensível que eles façam isso, levando em consideração que o nome dele está na porta de entrada do filme, mas é perceptível que a trama cresceria muito mais se a Família Shazam tivesse tido mais tempo de tela.
Tal decisão, torna o embate final arrastado e um pouco cansativo de acompanhar, dando foco mais para o show de CGI em tela do que de fato para a história. E por falar dos efeitos visuais, nesse ponto o filme está de parabéns. Toda a parte gráfica de Shazam 2 tem um aperfeiçoamento notável em relação ao primeiro: das lutas com um dragão as hordas de monstros, tudo é feito para encher nossos olhos.
DIREÇÃO E ROTEIRO
A direção de David F. Sandberg aqui tem mais acertos do que erros. Pecando mais nas cenas de ação e sendo mais feliz nos momentos mais cômicos e dramáticos do filme.
Diferente do primeiro filme, cujo inspirações ele trouxe de Quero Ser Grande, Superman – O Filme, Conta Comigo, nessa sequencia ela busca trazer mais originalidade a trama, ainda que flerte um pouco com a franquia Velozes e Furiosos em certos aspectos – talvez pela forma de paródia por terem em seu elenco Helen Mirren, que já atuou nos filmes dos carros tunados. Mas nada que se possa comparar o termo “Família” desses dois universos, pois cada um tem suas distinções particulares.
Henry Gayden e Chris Morgan trazem um roteiro que funciona bem no humor e nos momentos mais dramáticos do filme, mas que de modo geral o torna mais do mesmo, principalmente do meio para o final.
FAMÍLIA SHAZAM
Como já citei acima, a menina dos olhos de Shazam é sem dúvida a Família Shazam. Definitivamente eles são o ponto alto da trama, e vê-los reunidos e em ação é trazer de volta as lembranças dos quadrinhos para a telona. Poder assisti-los junto ao Mago Shazam (Djimon Hounsou) é uma experiencia pra lá de divertida, pois cada um em sua individualidade são carismáticos, além de possuírem visuais belíssimos.
VILÂS
Indo para o lado vilanesco da história, as três vilãs principais não são nenhum pouco memoráveis, apesar de cumprirem seus papeis de acordo com o que o filme propõe. Por mais que Mirren e Lucy Liu sejam excelentes atrizes, suas participações não são bem aproveitadas, tornando-as vilãs bem superficiais, sem muito pano de fundo para termos empatia. Já Rachel Zegler, apesar de não ser inteiramente má, flertando mais com o lado anti-heroico, consegue ser um pouco mais interessante, por mais que suas cenas pareçam de certo modo picotadas em muitos pontos da trama.
CONEXÃO COM O DC UNIVERSE
Se você está preocupado que Shazam 2 seja um filme fechado, meio sem conexão com outros personagens ou filmes desse universo, pode ficar tranquilo. Apesar de sua história ser redonda, elas estão lá para a alegria dos fãs dcnautas.
CONCLUSÃO
Shazam! Fúria dos Deuses não reinventa a roda da DC, mas consegue se destacar em relação ao filme anterior, tornando-se mais divertido, amplia a mitologia mágica da DC, além de trazer de volta as telonas esses personagens tão queridos de se acompanhar. Ainda não é certo dizer se essa sequência fará mais sucesso que o primeiro filme, mas posso garantir que este vale muito o ingresso, consagrando-o para o Hall dos melhores filmes de supergrupo da DC Comics.
Obs.: O filme tem duas participações muito legais, uma super perceptível e uma outra que só quem é muito fã do personagem pode pegar. Além disso, o longa conta com duas cenas pós-créditos.
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