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Crítica | Todo Dia a Mesma Noite emociona e clama por justiça

Minissérie em 05 episódios estreia em busca de justiça para as vítimas do incêndio da Boate Kiss.

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10 anos. Uma década já se passou desde que a fatídica noite da tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, aconteceu. O brutal caso do incêndio da Boate Kiss e suas 242 vítimas fatais ainda é muito vivo na memória do brasileiro até hoje.

Tragédia

Madrugada de 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Durante 2:30hs, um incêndio ceifou a vida de 242 jovens e feriu mais 636, durante um show do grupo Gurizada Fandangueira. Rapidamente, as investigações apuraram que não foi um acidente comum, e sim, uma violação dos códigos de segurança, causando a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas em um incêndio.

Este terrível caso se espalhou pela mídia nacional e internacional em questão de horas, e uma década depois a Netflix refresca nossa memória trazendo esta história de volta à tona na minissérie Todo Dia a Mesma Noite, onde esta se baseia no livro homônimo de Daniela Arbex, e segue mostrando os desafios e a incessante luta por justiça das famílias envolvidas.

História

Da apresentação de umas poucas famílias até o momento do ocorrido, o episódio inicial apresenta de maneira brutal como tudo aconteceu na noite da tragedia. Já nos outros episódios seguintes mergulhamos na dor e angustia dessas famílias, lutando por justiça durantes estes 10 anos de sofrimento.

Com uma qualidade impressionante, a produção usa de ótimas atuações para alcançar rapidamente o emocional do espectador, que desde os primeiros momentos sente a apreensão do que está por vir e termina acompanhando com a mesma dor que os personagens estão sentindo. A minissérie nos apresenta uma escolha narrativa interessante ao nos mostrar através de pais desolados pela morte dos filhos o absurdo de um ato tão trágico sair impune.

O roteiro da trama busca uma abordagem mais rápida após o ocorrido de 27 de janeiro, passando por alto por vários detalhes, mas ainda assim não é menos avassaladora. O elenco é bem aproveitado, dando destaque aos atores e atrizes Thelmo Fernandes, Débora Lamm, Paulo Gorgulho, Bianca Byington, Leonardo Medeiros e Bel Kowarick que dão um show de interpretação sempre que aparecem em tela. Exceção apenas do núcleo investigativo, do qual some de tela repentinamente e, principalmente por um deles ser um parente em luto, deixa a sensação que havia mais a ser explorado.

Todo Dia a Mesma Noite abre uma ferida na esperança de que dessa maneira tudo isso possa enfim ser encerrado. As vítimas nunca voltarão à vida e seus familiares nunca irão superar a dor, mas talvez, ao expor as falhas na justiça desse caso, os envolvidos possam finalmente descansar, e assim, outra tragédia ser evitada. “Por Justiça. Por memória. Para que nunca se repita”.

Todo Dia a Mesma Noite está disponível no catálogo da Netflix.

 

++Veja também:
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MultiCast #001 | Game Of Thrones – Pt. 02

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A 6° temporada de Game of Thrones está chegando, e com ela tem a segunda parte do nosso MultCast. Na parte dois os guerreiros menos imaculados de Westeros continuam nesse papo louco sobre as Crônicas de Gelo e Fogo, falando o que eles acharam dessa 5° temporada e o que esperar nesta nova fase que está repleta de novidades, afinal não tem spoiler pra ninguém.
Fiquem agora com a parte dois do nosso 1º Multicast – Game of thrones”.

Apresentação:

  • Rildon Oliver

Participações:

  • Damasio Neto
  • José Bessa
  • Miguel Cavalcanti
  • Rafael Lima

Confira a Parte 1 AQUI.

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MultiCast #001 | Game Of Thrones – Pt. 01

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O primeiro Podcast do Multiversos está no ar, é o Multcast. E para primeiro episódio, não podia ser diferente. Com a nova temporada chegando, o Multiversos traz para vocês um papo divertido, cheio de informações, teorias e muitas gargalhadas de Game of Thrones. A saga de George Martin nesse papo maluco com Rafael Lima, Damásio Neto, José Bessa, Miguel Cavalcanti e Rildon Oliver. Fiquem com a primeira parte do nosso Multcast.

Apresentação:

  • Rildon Oliver

Participações:

  • Damasio Neto
  • José Bessa
  • Miguel Cavalcanti
  • Rafael Lima

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Demolidor: 2ª Temporada

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Sou assumidamente um DCnauta, isso é evidente, claro e, pra mim, óbvio (hehehe :p ). Portanto, se você está lendo essa análise esperando favorecimentos à produção da Marvel/Netflix, por favor, me perdoe. Isso não acontecerá neste texto.

Dito isso posso, efetivamente, começar a minha crítica à série do Demolidor.

Vamos lá.

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QUE SÉRIE FANTÁSTICA, ‘pelamordeDeus’!

Falar da 2ª temporada de Demolidor é um trabalho complexo para mim pois, como “não-acompanhante” do personagem, algumas coisas podem, e vão, me fugir, mas, como não consigo conter a minha animação, vamos por partes.

Poder revisitar Hell’s Kitchen como apresentado nos primeiros minutos da série, um bairro violento, corrompido e sempre necessitado de ajuda é apavorante, claro, mas ao mesmo tempo reconfortante. Reconfortante por vermos que, mesmo sem grandes tramas, Demolidor teria vida longa nas telinhas só tentando limpar o seu querido mundinho. E acompanhar só isso, aparentemente, já valeria a pena.

Mas, para a nossa alegria, não temos apenas isso na vizinhança.

A introdução do personagem do Justiceiro, inicialmente abordado como o “vilão da temporada”, é excelente para vermos o quanto o extremismo de Frank Castle, quando visto por outra ótica, é brutal. Explico. Nós, leitores, quando acompanhamos o personagem em suas estórias, muitas vezes, não paramos para refletir sobre a falta de padrão moral e humanidade do personagem. A postura adotada pelo “Punidor” não é de forma alguma apenas de punir com intenção de doutrinar, mas, de extirpar da existência o outrora infrator.

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As atitudes cruéis do Justiceiro são, claro, um dos pontos em questão na série. Seria justo limar de alguém a possibilidade de arrependimento, de mudança de vida? Seriam as atitudes de Castle frutos de justiça, vingança ou loucura? Isso, de forma excelente, acaba nos sendo apresentado naturalmente e deixa no ar a reflexão.

A temporada segue a trilha iniciada de maneira excelente na temporada anterior. É mais que evidente o uso da obra de Frank Miller e Klaus Janson à frente do Demolidor. Na primeira temporada já podemos notar isso em alguns pontos como a apresentação do primeiro traje do herói, uma roupa esporte preta e tênis, por exemplo. Nesta segunda temporada temos a introdução de Elektra, personagem também trabalhada por Miller em sua reestruturação do Homem-Sem-Medo, e “eterno amor” do personagem.

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Com a introdução de Elektra um núcleo à segue e a vilania da temporada muda de figura. A Mão, mais conhecida por quem já leu Demolidor como “O Tentáculo”, traz uma organização oriental (com ninjas e todo o mais) para a trama central, apresentando um vilão grande o suficiente para nos presentear com o transcorrer de episódios mais característicos da realidade de Matt Murdock jamais abordado.

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O ponto alto da série, na minha opinião, se dá por volta da metade da temporada. Ver Matt exaurido e dividido entre a vida de vigilante à noite e de advogado de dia, contando apenas 24h no seu relógio, nos dá exatamente a sensação de como é excruciante ser um herói com dupla identidade. E essa É a rotina do Demolidor! Escritório e tribunal de dia, vigilância à noite. Mulheres… a toda hora!

As interações entre Matt e Elektra deixam claro o quão profundo e marcante foi a relação dos dois personagens e, portanto, criam, juntamente com Karen Page, um tom diferente do início da trama.

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A dualidade de posturas, e dificuldades, de Murdock quanto a sua rotina como advogado e vigilante pode ser comparada com a sua relação com Karen e Elektra. Com Karen o bom moço que anda na linha e dá um passo de cada vez. Com Elektra o ‘demônio audaz’ que flerta com o perigo na vida pessoal e no trabalho.

Falando em ‘demônio audaz’, deixo aqui a minha única crítica à Netflix em relação a toda a temporada. Entendo perfeitamente a decisão de deixar o nome dos personagens em inglês na legenda. A fidelidade à língua original na tradução antiga era, aparentemente, mínima e Demolidor não faz jus ao ‘demônio audaz’ (Daredevil) do título original, muito menos o Punisher virar Justiceiro (seria mais justo um ‘Açougueiro’ ou simplesmente ‘Cabra-ruim’, hehehe). Mas, confesso que me incomodou um pouco não ver os nomes que, há tempos, já estou acostumado.

Demolidor, juntamente com Jessica Jones, claro, seguem mostrando que a Netflix sabe, e quer, fazer adaptações de heróis com a qualidade que estes merecem.

Eu já estou ansioso por Luke Cage em setembro.

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Análise: Arquivo X – Temporada 10

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Olhamos para o calendário de 2016 e o vemos repleto de produções cinematográficas de encher de ansiedade qualquer nerd. Mas não é só pelo cinema que o nosso coraçãozinho bate mais forte.

As produtoras das séries resolveram que teríamos essa mesma ansiedade semana após semana.

Desde o ano passado aguardamos Game of Thrones e suas surpresas, Demolidor e seu antagonista da vez, Justiceiro, Ragnar e o embate, novamente, contra seu irmão, Rollo, entre tantos outros. Aguardamos muito o que está no auge, o que, obviamente, nos criou a expectativa para tal no último ano.

Mas alguns de nós também ansiávamos por um retorno há muito esperado e muito bem-vindo: Arquivo X.

Era hora de voltar a acreditar.

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Arquivo X é, na minha opinião, o primeiro grande ‘boom’ de uma série americana no Brasil. Sim, assistíamos outras séries no Brasil, claro (MacGuyver, Alf, Barrados no Baile, A Gata e o Rato, etc.). Mas, antes de Arquivo X, quantas séries você lembra que te levaram a assistir religiosa e semanalmente todos os episódios, sem querer perder nenhum? Ou que te levaram a comprar livros e quadrinhos que complementavam o enredo da série? Ou ainda, que te levaram a querer ter um conhecimento maior sobre o universo da série e pesquisar sobre os assuntos abordados na mesma? Eu, sinceramente, não me lembro. Por isso a considero tão importante.

É de conhecimento da grande maioria, mas não custa repetir, que a série aborda a dinâmica de dois agentes do FBI em um departamento de “casos inacabados e/ou sem explicação”, os assim chamados Arquivos X.

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Fox Mulder (David Duchovny), um desacreditado agente do FBI, disposto às maiores loucuras para expor o que acredita ser um plano do governo que visa esconder da população a existência de alienígenas, e Dana Scully (Gillian Anderson), uma agente médica e cética designada pelo Bureau para dar explicações científicas (e desacreditar) aos casos extraordinários investigados por seu parceiro.

Com o desenvolver da trama tomamos ciência das reais motivações de Mulder e vemos nascer, na outrora difícil relação, um laço de amizade extremamente forte e leal.

Depois do anúncio da nova temporada da série muitas coisas que supostamente estavam “sacramentadas” na mente dos fãs passaram a ser trazidas à tona:

“Mas a data não estava marcada?”

“E o Canceroso, hein?”

 “E o Willian?”

“Será que eles agora serão ‘eles’, hein?” S2

(Sim, propositadamente essas perguntas farão mais sentido se você tem algum conhecimento prévio da série. ;-P )

A nova (mini) temporada chegou e, para ser sincero, eu não quis acreditar …

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O primeiro episódio tenta jogar no ar uma nova conspiração que, para mim, não ficou muito bacana. Rever os personagens novamente juntos, claro, é um prazer por si só. Mas a atmosfera era outra. Há que se dizer que agora as cenas ‘extraordinárias’ contam com uma qualidade infinitamente maior de efeitos, e isso é ótimo! Mas, friso aqui, Gillian Anderson carrega sozinha a atmosfera da série original nos primeiros episódios. Duchovny aparenta não ter mais o ar debochado do Mulder, parecendo ter vivido a vida toda na Califórnia (se é que vocês me entendem…).

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Quanto a estrutura, os episódios seguiram um padrão já conhecido dos fãs:

Trama Principal – História Paralela – História Trash – História Paralela – Trama Principal

A série sempre contou com episódios de condução da trama principal, onde o foco era a perseguição ao governo e suas maquinações, episódios de casos isolados e, os tão amados, episódios trash, onde tudo era possível e nenhum padrão ou limite de bizarrice era imposto.

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A nova temporada soube dosar bem essas características e, mesmo com apenas 6 episódios, todos os gostos puderam ser atendidos. Sem o brilho de outrora, mas atendidos.

Dentre essas histórias paralelas vale salientar a inclusão de um “novo par Mulder-Scully”. Provavelmente visando ampliar a trama, e ter personagens com raízes que possam ser usados para chocar o público no momento certo, são incluídos na trama dois agentes com, basicamente, as mesmas “crenças” dos nossos queridos protagonistas.

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“Mulder: – Chispa! Pega o beco! Já tem um casal de agentes que não concorda entre si nessa série!” “Scully: – Seriously?! Ruiva também?! Vou falar com o Skinner!”

De uma forma geral a série estava “ok”. Apenas. Nada demais. Não era um desastre total, mas estava aquém da minha expectativa…

…até o seu último episódio.

Efetivamente a espera foi validada no episódio 6! Estavam todos ali: Skinner sendo Skinner, Scully sendo Scully e Mulder, até que enfim, sendo Mulder!

Tudo o que havia ficado a desejar, todas as faltas de ênfase, todos os ápices de ação que tínhamos nos episódios chaves das temporadas antigas foram resgatados, e com louvor, nesse fim de temporada!

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Ver Mulder tornar a encarar seus inimigos de outrora e Scully como a salvadora e leal companheira, faz você esquecer que os Arquivos X foram reabertos de maneira totalmente sem sentido nos primeiros episódios. Faz tudo valer a pena! Que se dane, eles estão de volta! Uhuuu! 😀

Se você é fã da série clássica e não assistiu essa nova temporada (tem certeza que é fã?!), assista! Suporte os furos e pressas do enredo e se regozije com o episódio final!

Se você não acompanhou a série original aconselho assistir, tanto por ser excelente, quanto por te dar uma base e aprofundamento maior (mas é bem verdade que, independentemente de ter assistido ou não a série original, você consegue se situar com os ‘setups’ apresentados no roteiro novo, mas nada como viver a experiência). Você pode encontrar todas as 9 temporadas no site de streaming de vídeo Netflix.

Como fã da série me dou por satisfeito com a temporada e apesar dos motivos citados aqui, é impossível negar como estou esperançoso com o que virá. Quero muito, mas muito mesmo, outros episódios com a qualidade mostrada no episódio final da 10ª temporada de Arquivo X.

Que venha logo S11E01!!!

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Agradeço ao meu amigo-irmão Daniel Uchoa pela revisão no texto. Valeu, homi!

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Narcos: Plata ou Plomo?

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No dia 28 de agosto, o serviço pago de streaming Netflix disponibilizou a primeira temporada completa da série Narcos, uma parceria entre o Netflix e a Gaumont International Television, dirigida e produzida pelo brasileiro José Padilha (Tropa de Elite, Robocop 2014) e escrita por Chris Brancato. A série é baseada em fatos reais e narra a ascensão de Pablo Escobar, a propagação dos cartéis de cocaína e a árdua tentativa da polícia em refrear a batalha sangrenta que se propagou em território Colombiano.

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No primeiro episódio, somos apresentados a uma narrativa bem familiar, algo que nos faz lembrar logo de cara do Filme Tropa de Elite, pois a série segue os moldes de narração em off. O narrador é um agente americano do DEA, Steve Murphy (Boyd Holbrook), que vai, no decorrer da série, ambientando o espectador em todo o universo daquele mundo dominado por Pablo Escobar (Wagner Moura).

O estilo de contar a história acaba nos remetendo também a um de meus filmes favoritos, Os Bons Companheiros (The Goodfellas), pois a forma como a personalidade de Escobar nos é apresentada e todas as suas motivações traz aquela sensação de sermos uma testemunha ocular de sua escalada ao poder.

Em seus quase 50 minutos, o primeiro episódio consegue ser didático ao fazer um levantamento histórico, nos localizando no contexto político e de como a propagação da cocaína criou um império extremamente rentável e sangrento.

Na verdade, os dois primeiros episódios são os únicos dirigidos por Padilha e acabam por dar o tom da série, funcionando como um arco de origem tanto para Pablo, quanto para o agente do DEA, pois somos convidados a entrar na cabeça do traficante e assim descobrimos que ele possui intenções de entrar na política e de alguma forma ajudar o povo Colombiano. Sendo que, ao final, os sonhos da política lhe são negados por um deslize cometido por ele mesmo.

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O agente Murphy também passa por mudanças; em sua luta contra o crescente aumento do tráfico da cocaína, ele é enviado para a Colômbia, onde somos apresentados a outro agente da DEA, Javier Pena (Pedro Pascal). E em um país totalmente diferente, eles percebem que a luta contra Escobar será muito mais árdua e sangrenta do que eles imaginavam.

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Os diretores Guillermo Navarro, Andi Baiz e o brasileiro Fernando Coimbra, dirigem os demais episódios, desenvolvendo a história de acordo com a narrativa apresentada nos primeiros episódios.

Completando o elenco principal, temos Juan Pablo Raba interpretando o primo e braço direito de Escobar, Gustavo. Joanna Christie interpreta a esposa do agente Murphy, Connie. Stephanie Sigman faz uma repórter sem escrúpulos, Valeria Velez. Ana de La Reguera vive Elisa, uma guerrilheira. A esposa de Escobar, Tata, é interpretada por Paulina Gaitan. Outro brasileiro que faz parte do elenco é André Mattos, interpretando Jorge, um dos Irmãos Ochoa.

Novamente, o Netflix é responsável por mais um surto de maratonas, pois como de costume, liberaram a primeira temporada completa e isso acaba fazendo com que a experiência de assistir Narcos seja a mesma de um filme de dez horas; horas essas que não sentimos passar, devido a boa narrativa, personagens cativantes, fotografias e takes de câmeras dignas de grandes produções de Hollywood e lógico, as boas atuações.

Li em várias críticas reclamações sobre o espanhol de Wagner Moura, que para mim estava ok. Não sou fluente na língua, portanto sou a última pessoa a julgar essa questão. Deixo para os bacharéis que logo pegaram suas tochas e forcados reclamarem disso. Prefiro parabenizar a excelente atuação de Wagner e seu trabalho de pesquisa. Indo fazer todo um estudo em cima da vida de Escobar, suas manias e trejeitos e ajudando inclusive com os roteiristas na composição do personagem.

Wagner Moura as Pablo Escobar in the Netflix Original Series NARCOS. Photo credit: Daniel Daza/Netflix

Wagner Moura as Pablo Escobar in the Netflix Original Series NARCOS. Photo credit: Daniel Daza/Netflix

A música tema de abertura é um deleite e fica impossível não ouvirmos até o fim. A música Tuyo é interpretada pelo brasileiro Rodrigo Amarante (Los Hermanos).

Uma curiosidade da série é que o ator Juan Pablo Raba que faz o primo e braço direito de Escobar, Gustavo Gaviria, perdeu um tio no atentado a vida do então candidato a Presidência da Colômbia César Gaviria. A série mostra que, na tentativa de Pablo Escobar assassinar o então candidato, ele colocou uma bomba em um avião, matando 110 pessoas, entre elas o tio do ator.

No fim, dos dez episódios ficamos com um grande questionamento; teremos história para mais uma temporada? Pois o último episódio termina com a fuga de Pablo de sua “prisão”, La Catedral, justamente no ano de 1992.

A segunda temporada que já foi confirmada abordará o ultimo ano de vida de Pablo Escobar e meu questionamento se deve a achar que por termos uma temporada inteira cobrindo apenas o ultimo ano de vida do traficante pode acabar ficando arrastada e tudo de bom construído neste primeiro ano acabe por se perder.

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Orange is the New Black

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Saiu o MULTIVERSOS dessa segunda-feira!!

Confiram nossa vídeo de indicação da série ORANGE IS THE BLACK que acaba de estrear sua terceira temporada no NETFLIX!

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Multiversos – Demolidor Especial

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E ai galera?!
Em nosso primeiro MULTIVERSOS falaremos um pouco de DEMOLIDOR: quadrinhos, filme, série e MUITA informação pra você!!!
Curta, assista e dê sua opinião pra gente! =D

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