Deadpool 2 tem à sua frente a missão de ser marcante e divertido como o seu predecessor e, para isso, conta com uma equipe de heróis, e anti-heróis, de dar inveja em qualquer filme da franquia X-men. E o melhor, eles funcionam na trama!
À convite da Espaço/Z, nós do Multiversos estivemos na cabine de imprensa do próximo lançamento da 20th Century Fox,Deadpool 2. O longa é dirigido por David Leitch (produtor executivo de John Wick 2), com roteiro de Rhett Reese, Paul Wernick e Ryan Reynolds, com pitadas tiradas do material original de Rob Liefeld e Fabian Nicieza, e produzido por Lauren Shuler Donner, Ryan Reynolds e Simon Kinberg.
Com o objetivo de fazer jus ao sucesso do primeiro filme e com a possibilidade de expandir seu universo, o longa divide sua trama entre a “missão heróica” e o drama pessoal (oi?!) de Wade Wilson, a.k.a. Deadpool, com sua namorada, Vanessa (Morena Baccarin <3).
A trama simples envolve defender uma criança, Russell (Julian Dennison), de um viajante do tempo que quer matá-la (onde já vimos isso antes, hein, Xeroque Holmes?!), o problema é que essa criança, no futuro, será um louco homicida. Nesse filme, Deadpool passa por problemas que o levam a pensar, por alguns momentos, em se tornar um X-men e repensar o seu papel e postura como herói.
O longa conta com tudo o que você espera de um filme do Deadpool: sangue, assassinatos bizarros, palavrão… enfim, tiro, porrada e bomba! E, quanto a isso, não há o que reclamar do filme. Essa marca, que foi um dos grandes fatores do sucesso do primeiro filme continua lá, escancarada. O único “””problema””” que vejo (e isso fica entre grandes aspas mesmo) é o timing na mudança entre esses momentos de zoação e combate para os momentos mais dramáticos. O filme tenta se levar a sério em alguns momentos, e isso fica meio complicado… Infelizmente a mudança entre zoação e drama, por mais que seja anunciada com cortes que apontam para a troca de momento e ambientes, é muito brusca e acaba minando um pouco de tudo o que poderia ser, realmente, aquele “momento sentimental”.
O elenco do filme consegue se encontrar na loucura do roteiro mas, ainda assim, nada que possa roubar o protagonismo ou encantar tanto os fãs. Josh Brolin faz um Cable válido e, ao vê-lo ao lado do Deadpool e Dominó, interpretada no tom certo para o filme por Zazie Beetz, nos dá vontade de ver o resultado de um filme da X-Force, onde eles teriam a possibilidade de ser melhor explorados. Ah! E Dopinder, Karan Soni, o taxista, está lá e deve continuar!
Mesmo sendo dirigido pelo mesmo diretor que fez o excelente trabalho em John Wick 2 e Atômica, as cenas de ação de Deadpool 2 não causam o mesmo impacto, uma vez que você já espera de tudo do filme. O CGI consegue se fazer aceitável, graças aos trabalhos de câmera, e planos abertos, usados para dar mais fluidez nas cenas de ação. E, sim, a trilha sonora volta a explorar sucessos da década de 80-90 da melhor forma que pode. 😛
Deadpool é um herói que tem uma grande vantagem em relação a qualquer outro super-herói em um filme: ele sabe rir de si mesmo. Tudo, absolutamente tudo, pode e será usado em favor do riso e da diversão na sessão. Desde o histórico do seu criador, Rob Liefeld, até um furo de roteiro, passando pelo próprio cast de atores. A chuva de referências anteriormente explorada está lá, maximizada e ampliada, pra fazer o Capitão América dar tela azul de tanta informação! E a quebra da, assim chamada, 4ª parede, trás sempre o personagem para a poltrona ao seu lado apontando aquele errinho do filme, ou algo assim.
Deadpool 2 é um filme extremamente divertido, que lhe permite rir da primeira cena até a última (obs.: Há duas cenas pós-créditos). Mas, tanto quanto o filme é divertido, também é volátil. Após a sessão, e os comentários imediatos a esta, fica difícil até relembrar algumas piadas. Mas, nada que tire o mérito do Mercenário Tagarela.
Deadpool 2 estreia em 17 de maio no Brasil.
“Do mesmo estúdio que matou Wolverine.”
Deadpool 2
Direção
Roteiro
Elenco
Fotografia
3.8
Resumo
Tiro, porrada e bomba! Tudo, absolutamente tudo, pode e será usado em favor do riso e da diversão na sessão. É um filme extremamente divertido, que lhe permite rir da primeira cena até a última.