Dora e a Cidade Perdida é dirigido por James Bobin (de ‘Muppets 2 – Procurados e Amados‘) é a mais nova obra da Paramount Pictures em parceria com a Nickelodeon adaptando a animação Dora, A Aventureira para as telonas. À convite da Espaço Z, nossas parceiras e amigas, pudemos conferir a pré-estreia do longa que entra em cartaz no dia 14 de novembro de 2019.
Ambientado na floresta peruana, o filme narra as aventuras de Dora (Isabela Merced) ao lado seu macaco, Botas, dos amigos que acabou de fazer na escola e junto a um misterioso explorador a fim de salvar seus pais de um grupo de mercenários. Mas Dora também terá de solucionar um grande mistério envolvendo Paratapa, uma antiga cidade perdida dos Incas.
Roteiro de Nicholas Stoller, Mathew Robinson e Tom Wherler usa bem as regras que a animação possui para criar essa versão cinematográfica. O filme segue do ponto a ao ponto b com um roteiro linear sem maiores plot twists e usando muito bem a interação de seus personagens. É importante destacar que a obra é voltada para o público infantil e, assim, é possível perceber alguns pequenos problemas no roteiro, porém é algo que o público-alvo não perceberá porque estará encantado na diversão que a obra possui.
O filme tem a sua maior força em Isabela Merced (aqui assinando como Isabela Moner) com sua interpretação cheia de energia e bastante carisma, tendo uma excelente presença de tela, com uma grande interpretação física (há momentos que a Dora encarna a ação de uma Lara Croft) e um trabalho de expressões faciais muito bons. Jeff Wahlberg faz Diego, o primo da Dora, que também está na animação original e aqui representa bem o jovem latino que busca uma escola de ensino médio norte-americana. O restante do elenco coadjuvante cumpre bem seus papéis, alguns com mais qualidade, como Michael Peña e Eva Longoria, outros com menos.
A dublagem brasileira acertou em utilizar dubladores profissionais e evitar as pseudo celebridades ou youtubers incompetentes. É sempre prazeroso ver profissionais à frente do projeto.
O trabalho de fotografia e design de produção é bastante oscilante. Há tomadas externas onde eles utilizam bem os locais de gravação, com a cidade ou selva, porém nos momentos em que precisam utilizar gravação de estúdio, é bem notável ver que as limitações afetam o resultado final. O longa também tem uma trilha sonora simples, com músicas cantadas pelos personagens, lembrando o desenho original, mas que não chegam a ser números musicais como nas obras da Disney, apenas uma pequena referência para quem assistia a série quando era criança, exceto pelo seu final.
Dora e a Cidade Perdida é uma obra que agradará toda a família. É um filme ágil, com boas sacadas e usa bem as referências de filmes e da série original e têm Isabela Merced a sua maior qualidade e diversão.