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Eternos | Uma boa ficção científica dentro do Universo Cinematográfico da Marvel

Dirigido por Chloé Zhao, Eternos é um filme que traz uma nova estética aos filmes de super-heróis da Marvel.

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Eternos, mais novo filme da Marvel Studios, dirigido por Chloé Zhao chega hoje, 04/11, aos cinemas brasileiros e nós trazemos aqui a nossa crítica para você. De antemão, agradecemos à sempre excelente equipe da Espaço/Z.

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Depois de mais de 20 anos de filmes dentro do mesmo universo cinematográfico é possível que você pense que já viu de tudo na Marvel. Que nada será uma “novidade” realmente. Que sempre teremos a constante luta entre o “bem e o mal”, onde temos heróis salvadores duelam contra vilões tiranos e todo o mais.

Pois bem, Eternos entra no Universo Cinematográfico da Marvel para mudar isso. Até porque, desculpe te dizer isso assim mas, aqui não temos um “filme de super-heróis”, mas, sim, uma boa ficção científica… com toques de heroísmo, é verdade.

Eternos têm, desde o seu início, um grande desafio: desenvolver um roteiro onde um grupo grande, de dez personagens nunca antes apresentados, são protagonistas da estória.

Esse desafio inicial é vencido com maestria pelo roteiro e direção de Chloé Zhao que, com a direção mais didática dentro do MCU, consegue apresentar todos os personagens de forma orgânica e sem deixar espaços para dúvidas quanto às origens, motivações ou quaisquer falta de explicações. Tudo, absolutamente tudo, o que acontece no filme é explicado. Isso sem falar da fotografia do filme, que é um show a parte da diretora e sua equipe.

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O elenco conta com a presença de Gemma Chan (Sersi), Richard Madden (Ikaris), Lauren Ridloff (Makkari), Kumail Nanjiani (Kingo), Angelina Jolie (Thena), Brian Tyree Henry (Phastos), Don Lee (Gilgamesh), Salma Hayek (Ajak), Barry Keoghan (Druig) e Lia McHugh (Sprite, ou Duende na legenda brasileira) como os Eternos, além de contar com Kit Harington, nosso eterno “you know nothing” Jon Snow, como Dane Whitman.

Entre o corpo de atores o casting foi, realmente, muito bem feito. Gemma Chan e sua Sersi são o fio condutor da trama perfeito e a sua interação natural com os demais membros do grupo coloca cada um dentro da estória no momento certo.

Infelizmente, como nada é perfeito, algumas decisões de roteiro quanto aos personagens são bem questionáveis. Dentre elas temos o pouco tempo de tela dado a Druig, personagem de Barry Keoghan, que merecia muito mais espaço para apresentar suas nuances e o crescimento do seu personagem, e o tempo de tela gasto com algumas piadas ruins de Kumail Nanjiani e seu Kingo. Não me entendam mal, eu gosto da leveza proposta para os filmes da Marvel, mas acredito que, em alguns momentos, isso poderia ser melhor dosado, e um desses momentos seria em Eternos.

Tirando isso, Eternos acerta muito bem o tom ao qual se propõe: ser uma ficção científica que pretende apresentar as origens e evoluções da sociedade humana pela perspectiva de “observares eternos”, uma vez que o grupo só pode interferir diretamente em prol da humanidade quando o assunto envolve os Deviantes, os inimigos principais do filme. Que, diga-se de passagem, só funcionam até um certo momento do filme. Depois perdem totalmente a sua importância, infelizmente.

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O bom roteiro e direção, casados com o competente trabalho dos atores e o belíssimo trabalho da direção de fotografia fecha perfeitamente com o trabalho da equipe de efeitos especiais do longa. Toda a magia, ou melhor, a tecnologia fantástica dos Eternos é cuidadosamente bem desenvolvida pelos efeitos especiais lindamente desenvolvidos para o filme.

Mas, sempre tem um porém…

Por mais que o filme seja bem proposto e executado, eu, particularmente, não consegui me importar nem um pouco com qualquer um dos personagens principais do filme. O longa não consegue fazer você se importar com os heróis apresentados. Pelo menos com a grande maioria deles.

Infelizmente, ao final do filme, a sensação que tive foi: “Se eu não revê-los, não sentirei falta”. Me causou muito mais interesse o futuro de Kit Harington e seu Dane Whitman do que qualquer um dos Eternos.

Eternos é um bom filme da Marvel. Excelente direção e fotografia, atores bem alocados e com uma boa entrega em seus personagens, cenários reais, diferente da maioria dos outros filmes do estúdio e uma trama bem diferente do que já foi apresentado até aqui no UCM. Mas, como tudo no mundo, tem seus problemas.

Mas não deixa de ser uma boa pedida para quem quer retornar aos cinemas depois de tanto tempo longe das telonas.

Obs.: O longa conta com duas cenas pós-créditos. 😉


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