Fábulas – Lendas no Exílio

Quem nunca ouviu falar da Branca de Neve e os Sete Anões, do Lobo Mau e os Três Porquinhos, da Cinderela, e tantas outras histórias infantis contadas?

O nosso JáLeu? de hoje nos traz justamente esses e mais alguns personagens conhecidos, só que de uma forma mais adulta. Estou falando de: Fábulas – Lendas no Exílio.

Fábulas é uma criação de Bill Wiilinghan com roteiro próprio, e arte de Lan Medina e Steve Leialoha.

Bill foi indicado 5 vezes como melhor escritor ao prêmio Eisner Award, tendo ganho apenas 1 vez, no ano de 2009.

No início do ano Bill confidenciou na Emerald City Comic Con que Fábulas chegará ao fim na sua 150º edição. O último volume, Camelot (já lançado no Brasil), reúne as edições 130 a 140.

Mas voltando ao arco do nosso texto, aqui veremos uma história de investigação da suposta morte da Rosa Vermelha, personagem que é irmã da Branca de Neve, onde o responsável por solucionar esse mistério é o xerife, Bigby Wolf.

Todos os acontecimentos se passam em Nova Iorque, pois no conto de Bill, todas as Fábulas foram exiladas de suas terras pelo Adversário, no qual não nos foi revelado muitos detalhes ainda nesse volume. Só o que sabemos é que ao fugirem para Nova Iorque, nossas Fábulas tentam viver o mais humanamente possível (muitas vezes com ajuda de magia), e são divididos em duas comunidades. Na Cidade das Fábulas que fica em Nova Iorque, moram as Fábulas que conseguem assumir uma forma humana. Já a fazenda, que fica mais afastada da cidade, é habitada pelas Fábulas que não conseguem se passar por humanos.

Em Lendas no Exílio somos apresentados a personagens bem conhecidos como Barba Azul, João e o pé de feijão, Cinderela, Príncipe Encantado, Bela, Fera, e alguns outros.

Falando assim parece uma coisa bem livro infantil, mas não é nada disso. Fábulas tem um roteiro bem adulto, cheio de ironias, palavrões e cenas eróticas. Já ao iniciarmos a leitura, descobrimos que Branca de Neve é divorciada do Príncipe Encantado, e o motivo? Príncipe Encantado é um mulherengo incurável!  E temos ainda logo de cara, Bela e Fera pedindo ajuda para iniciarem uma terapia conjugal, pois toda vez que eles brigam, Fera perde sua forma humana voltando a se transformar.

No decorrer da história teremos Bigby e Branca totalmente em ação, buscando evidências do que aconteceu e interrogando os mais diversos personagens. Ao fim, teremos todo o caso sendo solucionado de uma maneira totalmente inesperada e bem criativa. Bigby monta uma verdadeira cena durante a maior festa do ano das Fábulas para expor para todos quem fez o que, como fez, e como ele descobriu, revelando tudo com muitos detalhes. Branca por sua vez fica responsável pela punição de todos os envolvidos na grande farsa, usando sempre seu bom senso, mas sem deixar a rigidez de lado.

Com a conclusão do caso, acaba o trabalho de investigação da dupla Branca de Neve e Bigby, mas algo entre eles ainda fica no ar, um sentimento começa a nascer… Será que teremos um novo casal?

Bom, como ainda não li os outros volumes, não posso afirmar o que irá acontecer com essa dupla, que entre farpas e elogios, são os grandes protagonistas do primeiro volume, e nos fazem torcer para que algo surja entre eles.

O primeiro arco de Fábulas com certeza é uma obra muito bem feita, os traços, assim como a paleta de cores usadas são bem agradáveis. E o fruto desse trabalho não foi apenas as indicações de Bill ao Eisner, mas também a criação dos spin-off João das Fábulas e As Mais Belas Fábulas.