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Homem-Aranha: Longe de Casa | Crítica (Sem Spoilers)

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Homem-Aranha: Longe de Casa (2019), dirigido por Jon Watts, com roteiro de Chris Mackenna e Erik Sommers, é a última obra da Fase 3 do Marvel Studios, que iniciou esse momento em Capitão América: Guerra Civil (2016), e agora chega ao seu epílogo não somente da fase atual, mas também de toda a Saga do Infinito, começada 11 anos atrás, com o primeiro filme do Homem de Ferro (2008).

Após os eventos de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, Peter Parker (Tom Holland) precisa seguir em frente. Com a chegada das férias, Peter e seus amigos embarcam para uma viagem pela Europa, ao mesmo tempo em que ele precisa decidir se ajuda o Nick Fury (Samuel L. Jackson) e ao novo e enigmático Mysterio (Jake Gyllenhaal) na luta contra seres elementais gigantes.

A maior força do filme está no seu elenco principal. Tom Holland, em sua quinta interpretação do personagem, e já faz o papel do Peter Parker com alma e segurança, entendendo como os fatos ocorridos nos filmes anteriores afetam o protagonista e todos os anseios e dúvidas que o Peter carrega dentro de si. Zendaya usa bem o tom irônico e jocoso mesclado com a inteligência da MJ, justamente pra esconder uma garota tímida e adorável quando decide baixar a guarda. Sendo o melhor em tela, Jake Gyllenhaal encarna tudo e mais um pouco do que esperávamos de Quentin Beck. O seu Mysterio sabe bem os momentos de ser enigmático e de ser um cara legal. Todo o elenco de apoio cumpre suas funções.

O roteiro de Chris Macknna e Erik Sommers apresenta o filme inicialmente em uma escala micro, com Peter se preocupando com as férias chegando ao mesmo tempo sentindo a ausência dos Vingadores, em especial o seu patrono, Tony Stark, e gradativamente, vai aumentando o texto para uma escala macro, trazendo desafios cada vez maiores, sem nunca esquecer os dramas pessoais do Peter, fazendo essa jornada ter sentimento e alma.

As cenas de ação são claras e precisas. A fotografia de Matthew J. Loyd, somada à edição de Leigh Boyd e Dan Lebenthal, não erram em mostrar um Homem-Aranha ágil, atlético e heroico e suas cenas. Os efeitos especiais são bem conduzidos, por saberem usar muito bem os monstros e em momentos complexos da história e a trilha sonora de Michael Guiacchino é certeira.

De negativo, a direção de Jon Watts continua sendo burocrática e simplória. Ele não erra, assim como outros diretores como Peyton Reed (Homem-Formiga) ou a dupla Anna Boden e Ryan Fleck (Capitã Marvel), mas também não acrescenta em nada a experiência cinematográfica, deixando claro o trabalho de comitê que certas obras do Marvel Studio ainda possuem. O outro problema está no campo dos spoilers, mas é um ponto que me incomodou em um nível pessoal, como fã do Aranha.

Homem-Aranha: Longe de Casa é diversão garantida. Bem conduzido e bem encaixado no quebra-cabeça gigante que é o Universo Cinematográfico da Marvel, a obra diverte bem e encerra de forma competente essa fase do estúdio.

PS.: Há duas cenas pós-créditos. Ambas são importantes. Não saia da cadeira!

Homem-Aranha: Longe de Casa
  • Direção
  • Roteiro
  • Fotografia
  • Elenco
3.9

Resumo

Homem-Aranha: Longe de Casa é diversão garantida. Bem conduzido e bem encaixado no quebra-cabeça gigante que é o Universo Cinematográfico da Marvel, a obra diverte bem e encerra de forma competente essa fase do estúdio.

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