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Homem-Formiga

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Quando anunciado que a Marvel faria um filme baseado em um personagem clássico, já que Hank Pym e seu alter ego foram apresentados pela 1° vez no universo dos quadrinhos na edição “Tales to Astonish 27” de 1962, criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, fiquei empolgado e intrigado. Um personagem complicado de ser introduzido nesse universo cinematográfico da Marvel, tanto que mudanças foram feitas em Vingadores 2, pois Hank é o criador de Ultron nos quadrinhos, então mudanças no roteiro do filme foram necessárias.

Mesmo assim, a Marvel/Disney apostou, e com essa aposta trouxe um cineasta que, particularmente, me agrada muito, Edgar Wright (Shaun of the Dead e Scott Pilgrim).

Wright inclusive liberou uma cena muito empolgante que me deixou feliz com tudo que estava por vir. Mas nem tudo saiu como planejado. Em 2014, Edgar deixou o projeto por divergir com o estúdio, afinal a Marvel enxerga seus filmes em um universo coeso e muito maior, algo que provavelmente não estava nos planos do então diretor.

Com pouco mais de um ano para a estreia do filme, uma aura de desconfiança e descrença cercou a produção. Peyton Reed (Separados pelo Casamento e Sim Senhor!) assumiu a cadeira da direção, dando continuidade ao trabalho iniciado por Wright que, mesmo fora da produção, seu nome aparece nos roteiros do filme.

Fui ver o filme descompromissado e tranquilo, afinal a Marvel é conhecida por fazer filmes divertidos, com uma ação bem executada e descompromissada. Fui esperando ver algo divertido e foi isso que obtive.

O filme começa com uma cena no passado, Um Hank Pym (Michael Douglas) jovem e determinado, relutante em liberar seus segredos. E uma certeza de que estamos no universo Marvel.

Anos mais tarde, conhecemos nosso protagonista, Scott Lang (Paul Rudd), um cara que, apesar de ser um gênio da engenharia, acabou se desviando de seu caminho, e se tornou um criminoso, mas um criminoso em busca de redenção.

Nessa busca por um caminho melhor, onde ele possa  cuidar de sua filha, ele acaba por cruzar o caminho do agora velho e preocupado Hank Pym e sua filha Hope Van Dyne (Evangeline Lilly).  E essa preocupação toda se deve ao fato de que o discípulo de Hank, Darren Cross (Corey Stoll), esta muito próximo de descobrir os segredos das partículas Pym e de como criar um exército de homens formigas, ou melhor, de “Jaquetas Amarelas”.

O filme é muito bem dirigido, com cenas carismáticas e a ação é bem pontual. Mesmo com todas as dificuldades, Peyton consegue segurar as pontas na direção e alguns problemas acabam passando despercebidos.

Michael Douglas consegue passar as vezes de mentor e de alguém que se culpa por algo do passado, trazendo essa aura de seriedade, mas com a leveza do humor inglês, muito forte nos roteiros de Edgar.

Paul Rudd é um ator carismático, e está bem confortável em cena. Em momentos bem importantes para a localização desse filme no universo dos Vingadores, percebe-se que ele está muito feliz em estar fazendo parte de tudo isso.

Evageline é a parte mais amargurada do filme, algo que aconteceu entre ela e seu pai lhe trazem essa seriedade, que é importante para momentos-chave do filme.

O vilão é apresentado como o vilão clássico; Corey consegue ser aquele personagem caricato, mas que funciona bem na narrativa.

Personagens coadjuvantes elevam o tom de humor do filme, deixando claro que esse é um filme divertido e que não temos problemas com isso. Michael Peña está muito bem e é o responsável por cenas impagáveis.

Com uma levada mais leve e divertida, Homem Formiga é um ‘pipocão’ divertido de ser ver, onde você vai rir, se empolgar com a ação e rir um pouco mais. É um filme de gerações, onde o bastão é passado para uma nova geração. É a prova que a Marvel ainda mantém o seu tom leve e descompromissado, que agrada as massas.

Essa é minha resenha e indicação da semana. Aproveitem o final de semana para conferir Homem-Formiga nos cinemas!

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