HQs | Livros

Jardim dos Famintos | Review

Publicado há

em


“Um grupo de pessoas acorda em um local desconhecido e sem nenhuma memória de quem são e onde estão, e seguem em busca de sobrevivência e respostas. Tudo envolto em mistério, violência, batalhas, sangue, canibalismo, fantasia e um mundo caótico.”

Horror e fantasia permeiam o universo fantástico que apresento a vocês hoje, criado por um autor daqui mesmo de Fortalcity. Hoje indico um dos mais recentes livros de fantasia nacional, Jardim do Famintos.

Que vossa travessia seja agridoce.

Como dito anteriormente, nesta história acompanhamos um grupo de pessoas que acorda em um lugar selvagem, sem memórias de quem são e portando estranhas máscaras nos rostos. A cada capítulo, nos pegamos como um dos personagens, apegados a cada detalhe, pista ou diálogo a fim de desvendar os mistérios que o autor preparou nesse Jardim.

O ritmo frenético tem uma alternância de núcleos incomum entre os livros do gênero. Como assim? Quem já leu alguma coisa do gênero de fantasia está acostumado com histórias que se alternam: um capítulo do núcleo X e o outro capítulo segue a história do Núcleo Y. Em Jardim dos Famintos, não. Você está lá, empolgado com uma passagem núcleo da Cidadela de Akhilon e percebe que a história segue no próximo capítulo do ponto onde parou no anterior e aí você fica maluco para continuar e, quando vê, está emendando um capítulo no outro. Essa estrutura funcionou muito bem nessa história, pois é cheia de momentos de tensão e mistério.

Essas ilustrações do Jon Bosco entre os capítulos e o fato de o próprio Adams também ser ilustrador certamente contribuíram para que o feeling entre livro e ilustrações conversem bem entre si. Elas passam um clima de mistério e aquela sensação de perigo sempre à espreita, saca? É assustador! Te faz mergulhar nesse universo e temer o desconhecido junto com os personagens.

Na história, o autor se apropria um pouco dos mitos envolvendo a origem do universo e da humanidade presentes na mitologia Suméria, mas de forma bem pontual pois, como em toda mitologia, o conhecimento é muito fragmentado e possui dezenas de interpretações, o que não torna isso negativo, o mundo criado aqui tem uma cara que é só dele. Além dessas referências, alguns fãs leitores apontam Tolkien, HP Lovecraft e Bernard Cornwell como inspirações do autor, que certamente não as nega (risos).

Confira AQUI o Audiodrama que passa um pouco do clima da história.

Vale a pena?

Eu iniciei a leitura sem saber muito sobre o que se tratava ou tanto quanto você que está lendo este post, e acredito que isso tornou a experiência bem mais completa do que se soubesse as proporções que a história tomariam no final do livro, que por sinal, te prende até que termine. Como leitor, acho muito massa poder acompanhar projetos desde o início darem certo aqui no Brasil e, principalmente, do gênero fantasia, que antes não ganhava muito destaque mas que, graças ao trabalho dos autores e leitores, vem mudando essa realidade.

Se você gosta de uma boa história permeada por fantasia e horror do melhor estilo RPGístico, minha indicação é: não perca tempo e embarque nessa história!

Confira mais nos links abaixo:

CAPÍTULOS 1 e 2 em PDF para leitura

Site oficial

Mais resenhas feitas por leitores lá no Skoob

Clique para comentar

Mais Lidos

Sair da versão mobile