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John Wick 3: Parabellum | Terceiro filme ratifica o sucesso e mantém a qualidade dos filmes anteriores

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Dando continuidade na epopeia de colocar minha agenda de filmes em dia, hora de falarmos do terceiro filme de John Wick. Keanu Reeves é uma unanimidade e com certeza a franquia John Wick foi a responsável por colocar de novo o ator em evidência.

Apesar do senso de urgência que o filme denota, principalmente considerando que o mesmo se inicia imediatamente após os acontecimentos do longa anterior, o novo John Wick tem uma atmosfera mais leve que os dois primeiros, inclusive com momentos de alívio cômico, na maioria das vezes produzidos pelo seu protagonista. E, considerando que, apesar de grande ator, o forte de Keanu Reeves nunca foi expressar emoções, isso se mostra algo curioso.

A ação desenfreada ainda é o foco da franquia. Contudo, neste filme o roteiro se aprofunda um pouco mais na expansão da mitologia da trama, explicando regras, rituais e origens, se fazendo valer até mesmo de lendas que remetem a época das cruzadas para justificar a origem da Ordem dos Assassinos. Sem falar no cenário em que nosso protagonista está envolvido, administrando as consequências de suas ações nos filmes anteriores, John Wick não é mais o predador, ele agora é a caça.

Halle Berry interpreta ‘Sophia’ em JOHN WICK: CHAPTER 3 – PARABELLUM. Créditos da foto: Mark Rogers.

Desde os primeiros minutos do filme a narrativa se mantém frenética e uniforme, com pequenas desacelerações para algumas explicações curtas e necessárias, além dos já citados alívios cômicos. A trama segue, assim, nesse ritmo uniforme, atendendo a proposta da ação contínua do longa.

Falando na ação, o filme não deixa a desejar. As cenas são incríveis, as lutas são claras com movimentos fáceis de acompanhar e golpes contundentes,  sem falar nas boas cenas de perseguição e nos já tradicionais tiroteios coreografados.

Novamente a trilha sonora foi muito bem escolhida e os recursos de iluminação e a paleta de cores trabalha para deixar as cenas de ação visualmente melhores, apesar do alto nível de violência, na tela, os movimentos são limpos e plásticos.

Mark Dacascos como um dos antagonistas do longa.

Keanu Reeves dispensa comentários já que sua performance repete a qualidade dos dois filmes anteriores. Laurence Fishburne e Ian McShane retornam ambos com uma importância muito maior que nos longas anteriores, e das novas adições ao elenco vale destacar Sophia, personagem de Halle Berry, uma coadjuvante interessante ligada ao passado de John e que provavelmente será muito importante num próximo filme. O carisma da atriz potencializa a personalidade forte de sua personagem,  que dá um show ao lado de Reeves nas cenas de ação.

Asia Kate Dillon e Mark Dacascos são os antagonistas da vez. Asia Kate vai muito bem como a força intelectual que se opõe aos interesses do protagonista, e é a ameaça real que manipula as peças do enredo e movimenta a trama. Já Mark, volta a viver um grande papel num filme de ação importante. No início dos anos 90 o ator era apontado como uma das grandes promessas dos filmes de ação, mas sua carreira não atendeu tal expectativa. Em John Wick 3, Dacascos responde bem como a ameaça física a John. Anjelica Huston, Lance Reddick e Jerome Flynn também estão no elenco.

O filme é dirigido Chad Stahelski que consegue repetir o seu bom desempenho dos filmes anteriores, consegue entregar a ação dentro do nível esperado, além de contar uma boa história dentro da proposta do filme, sem grandes surpresas, é verdade, já que até a reviravolta que o filme apresenta em seu final era algo previsível.

Com uma ação absurda e uma história rasa, mas muito bem contada, John Wick 3 se sai muito bem dentro de sua proposta.

Com uma continuação já confirmada, resta saber como será o próximo filme, se irá encerrar a história de John Wick ou se abrirá precedentes para mais filmes, que precisarão, claro, de elementos que revigorem a franquia para impedir que ela caia na mesmice.

Keanu Reeves como ‘John Wick’ em JOHN WICK: CHAPTER 3 – PARABELLUM. Créditos da foto: Niko Tavernise.

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