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Julgando Quadrinhos Pelas Capas

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“Nunca julgue um livro pela capa”.
Quantas vezes ouvimos esse ditado, que pode ser bem mais amplo, afinal, não devemos julgar nada nem ninguém apenas por sua aparência. Mas no universo das HQs, onde quase tudo é visual, a arte é sempre um ponto forte, afinal, somos apaixonados por essa narrativa visual.

Quando criança a capa de uma HQ era um dos grandes motivos de me fazerem levar aquele gibi para casa e algumas capas são bastante icônicas nesse trabalho de atrair o leitor. Mesmo que os desenhos internos sejam bem diferentes, o fator “capa” sempre motiva a compra de olhos apreciadores de um bom quadrinho.

Eu mesmo já comprei, sim, um Gibi pela capa e vou listar aqui 10 capas que me impressionaram e me fizeram comprar logo sem pensar.

Essa foi uma daquelas edições que só obtive depois. Apesar de ter começado a ler quadrinhos cedove ter começado a ler com Conan e X-men, no ano em que essa edição chegou às bancas, eu ainda era um pequeno mancebo. A edição de Superaventuras Marvel 45 foi algo que mexeu com tudo o que eu acompanhava, ela trazia estampada um Wolverine mais velho junto com uma Kity Pride cheia de temor e, ao fundo, várias fotos na parede com personagens conhecidos do universo X, com os dizeres “preso” ou “morto”. Eu, ainda jovem, queria entender o que aquilo queria dizer. Uma excelente arte do mestre John Byrne, a edição trouxe ‘apenas’ a grande história “Dias de um futuro esquecido”, um marco até hoje no universo dos mutantes.

Essa aqui tem todo um valor sentimental para mim, afinal, foi o primeiro contato que tive com quadrinhos. Graças aos loucos anos 80, minha querida avó, percebendo que eu gostava de desenhar, me deu de presente essa HQ.

Provavelmente ganhei essa HQ uns dois ou três anos depois de sua publicação aqui no Brasil. ‘A Espada Selvagem de Conan 14’ foi publicada em 85. As capas do Conan eram um referencial à parte, sempre trazendo lindas pinturas dos mestres como Frank Frazetta, Earl Noren, e Joe Jusko, o autor da capa em questão.

Essa aqui foi algo completamente incrível para mim que sempre acompanhei o universo Mutante. Finalmente uma parte do mistério por trás do passado do Wolverine seria explicado! Quando vi na banca a edição 35 de Grandes Heróis Marvel, peguei todo o dinheiro que consegui juntar fazendo desenhos no colégio, e corri na banca para comprar.

A edição trazia a fantástica história do mestre Barry Windsor-Smith e a capa mostrava Logan de uma forma até então não mostrada, uma arte violenta e espetacular.

Na década de 90, uma notícia parou o mundo, inclusive noticiada no nosso Jornal Nacional: Super-Homem está morto. O mundo parou para acompanhar essa notícia e, apesar de sabermos que a morte nos quadrinhos não é algo definitivo, as editoras ainda não tinham tido a coragem de tocar nos panteões. Eu não era leitor da DC, lendo apenas Batman, mas quando soube da morte do escoteiro, fui correndo adquirir essa HQ, mas acabei não conseguindo comprar (ela era cara e eu pobre), mas, aquela capa preta com a logo do Super sangrando e ainda em alto-relevo, foi um momento que ficou marcado na memória.

Umas das capas que eu mais copiei o desenho, e vendi muito nos tempos de escola, a edição de Superaventuras Marvel Nº 75 vinha com uma arte incrível de Mike Zeck do Justiceiro arregaçando balas pra tudo que é lado. Essa com certeza faz parte de minha coleção pessoal.

Olha o baixinho invocado da Marvel surgindo em minha lista novamente! Essa edição de Wolverine 39, formatinho da Editora Abril foi algo diferente, que me fez comprar duas edições dela. Era a fase que começamos a desvendar mais dos segredos do Carcajú e com a arte de Marc Silvestre. A diferença que chamava muito atenção, era que a capa era um arquivo, contendo informações sigilosas do “Major Logan”, e o documento era vazado, como se Wolverine tivesse rasgado com suas famosas garras de adamantium.

Por muitos anos eu só tinha essa edição de ‘O Cavaleiros das Trevas’, não fazia ideia como tudo chegou a esse ponto. Mas essa capa é de cair o queixo até hoje! Mesmo depois de muitas republicações, capas incríveis, trabalhos gráficos muito bem-feitos, essa capa mora em minhas memórias e em minha coleção até hoje, afinal, é o Batman metendo a porrada no escoteiro de Metrópolis.

Um caso recente que me pegou pela capa, foi o Vol. 20 de Fábulas, publicado pela Panini. Eu acompanho as histórias desse mundo fantástico, mas tenho que admitir, tinha parado de comprar. Mas quando entrei na MMG Comics (loja de quadrinhos bem bacana aqui em Fortaleza), não resisti. Aquela referência gritando na arte e estampando Camelot na capa, me fez querer essa lindeza na minha coleção.

As capas de Sandman sempre foram um banquete visual a parte, afinal, o trabalho primoroso de

Dave McKean é uma assinatura de que estamos com um material diferenciado em mãos, algo único. Mas resolvi listar outro ilustrador, que nos trouxe uma nova visão de Sandman. No encadernado Sandman – Caçadores de Sonho, um deleite visual em cada página do genial Yoshitaka Amano, que já em sua capa nos traz algo novo e ainda não visto no universo do mestre dos sonhos Neil Gaiman.

Olha a minha paixão pelas Lendas Arturianas me fazendo gastar dinheiro só de olhar para capa! Quando vi, não pensei duas vezes, comprei. Infelizmente, devido a distribuição setorizada, ou eu ter comprado ela bem depois do lançamento, passei anos sem ter as demais edições, e infelizmente não encontrei para comprar, nem mesmo quando relançaram em meado dos anos 2000. Na capa, mesmo toda mexida pela Abril, era inevitável não ficar maluco com a incrível arte de Brian Bolland e a aventuras do Rei Arthur no ano 3000, uma tristeza grande que carrego em não possuir essa lindeza em minha coleção pessoal, pois nem mais a primeira edição do formatinho eu tenho… triste, muito triste.

Eu falei 10 capas que marcaram muito minha memória, mas eis que surge um pequeno extra, e apesar de ter que assumir, sim, eu já gostei da arte de Rob Liefeld em uma história bizarra desenhada e escrita por ele na edição 14 da revista solo do Carcaju em que ele lutava com o Selvagem, e na minha cabeça idiota de adolescente, a arte do Liefeld combinava com a selvageria do Wolverine… PQP!!!!

Mas quero falar da famigerada capa de Capitão América I, na fase pós-massacre, Heróis Renascem…

E ao folhear a HQ, as coisas pioraram consideravelmente.

Essas foram algumas capas que sempre me recordo, e fazem parte da minha lista, e você, quais capas te marcaram? Deixem nos comentários, e quem sabe não fazemos uma parte dois.

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