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M3GAN | Filme da mais nova boneca assassina do cinema traz terror cômico e crítica social sobre a tecnologia

Divertido e absurdo, grande trunfo da comédia de horror é estabelecer um novo ícone do cinema.

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É fato que filmes sobre bonecos assassinos se tornaram quase um subgênero do terror. Podemos citar como exemplo Chucky em “Brinquedo Assassino(1988) e suas continuações e refilmagens, bem como “Annabelle(2014). Produções como essas se tornaram extremamente populares na última década. E juntando-se ao grupo de brinquedos assassinos, somos apresentados a Megan, novo projeto da Blumhouse, com história de Akela Cooper e James Wan, criador de “Invocação do Mal(2013) e “Jogos Mortais” (2004).

A HISTÓRIA

O longa acompanha a pequena Cady (Violet McGraw) que, após perder os pais em um terrível acidente de carro, vai morar com a sua tia Gemma (Allison Williams), uma brilhante roboticista de uma empresa de brinquedos. Ao ver sua vida mudar radicalmente com a chegada da sobrinha, além de não saber como lidar e cuidar de uma criança, Gemma tenta se aproximar e fazer as coisas darem certo, mas sem muito sucesso. No trabalho, ela foca arduamente em criar um brinquedo que supere todas as expectativas, surpreenda, faça sucesso unânime no mercado e ultrapasse a concorrência. Com a presença de Cady, ela consegue desenvolver Megan, uma boneca realista com inteligência artificial capaz de ser a maior e melhor companheira de uma criança e aliada dos pais. No entanto, ao colocar o protótipo para ajudar a cuidar de Cady, a boneca cria uma conexão forte com a menina e passa a tomar decisões sinistras, além de apresentar erros graves no sistema.

TERROR PRA QUEM NÃO CURTE TERROR

O roteiro de Cooper, já conhecida por “Maligno(2021), decidiu fugir do terror comum que é usado nesse tipo de filme. Cooper optou por investir em cenas de suspense, com drama e alguns momentos de humor, parecendo mais um “terrir”. Por isso. Se você estiver esperando por um filme de terror com vários jump scares e momentos de alta tensão, coloque o freio nesta expectativa, pois a proposta não é bem essa.

De fato, o horror existe, mas é implementado na crítica que se quer passar, juntamente com os poucos sustos e a vibe sinistra da boneca. Isso se mistura à enorme atmosfera cômica que se cria, em que o espectador dá boas risadas com o estilo, a ironia e o sarcasmo de Megan que se mistura com o seu lado medonho e intrigante, resultando em cenas de tensão e medo. É o famoso “estou rindo, mas é de nervoso”.

TECNOLOGIA NEM SEMPRE CONVÉM

A dinâmica de Megan e Cady é fofa, na qual uma inteligência artificial capta todos os sentimentos, expressões e ações da garota e trabalha para tornar a ambientação e o convívio melhores, porém, à medida que a narrativa desenvolve esta amizade entre boneca e garota, o longa apresenta o horror ao criticar o uso excessivo da tecnologia e como esses gadgets ultra inteligentes são capazes de substituir uma pessoa e interferir negativamente nas relações interpessoais.

DIREÇÃO E ELENCO

A direção de Gerard Johnstone é eficiente ao que o filme se propõe, trazendo personalidade a boneca, o que só a fez cair no gosto do grande público. Sua sagacidade em trazer uma atriz mirim de verdade para dar vida a Megan é um dos pontos fortes da trama. Allison Williams, já conhecida pelo ótimo “Corra(2017) e Violet McGraw também brilham aqui, construindo muito bem a jornada de convivência entre Tia e sobrinha durante o filme.

VEREDITO

Megan é um suspense que mistura horror e comédia de forma equilibrada, discute sobre o excesso da tecnologia na rotina de uma pessoa e como tal uso pode interferir nas relações interpessoais a partir de uma boneca doce e sinistra que julga e pode atacar de acordo com suas conclusões sobre o que pode ser uma ameaça.

É um filme esquisito e divertido cujas combinações tanto dos elementos cômicos e de horror quanto dos diálogos afiados, sarcásticos e até bregas resultam em um bom filme pipoca.

++Veja também:
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