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Maze Runner – A Cura Mortal | Crítica (Sem Spoilers)

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Maze Runner – A Cura Mortal, dirigido mais uma vez por Wes Ball, que começou a trilogia de filmes em 2014, e aqui completa a sua obra, que antes estava programada para ser finalizada em 2016, mas que, devido ao grave acidente com seu protagonista, Dylan O’Bien, teve o seu adiamento para 2018 e agora chegou aos cinemas.

O longa tem muitas coisas boas e, ao mesmo tempo, tem muitas coisas falhas. O filme começa sem explicar nada e, se algum espectador começar a ver Maze Runner pelo terceiro filme, vai se sentir um pouco deslocado, pois em momento algum há uma recapitulação dos seus anteriores, pressupondo que o espectador já conheça tudo o que veio antes.

Seguindo nessa linha, o texto de T.S. Nowlin e James Dashner vão jogando os personagens de um lado para o outro, tentando resolver um plot vindo do filme anterior e, assim, segue todo o primeiro ato.  Até que, quando chega o segundo ato, as coisas se acertam e o filme ganha um bom ritmo, seguindo por um terceiro ato excelente e, devido à longa duração, um quarto ato e um epílogo previsíveis. Acredito que a palavra adequada para descrever bem todo o roteiro seja “previsível” porque não há tantos plot twists nem grandes surpresas na trama.

A apresentação dos personagens também sofre. Os personagens que surgem nesse terceiro filme são bem arquetípicos, sem maior desenvolvimento e acabam ficando para trás ou tendo pouca função na trama.

A fotografia de filme é até bastante competente. Gyulia Pados sabe muito bem utilizar os planos abertos, deixando  sempre orgânicos e valorizando os muitos efeitos práticos que o filme utiliza. A direção de arte faz bem o seu dever de casa ao criar um bom contraste entre a desolação e a tecnologia, e a trilha sonora é funcional devido ao trabalho de John Paesano.

Vou ser bem sincero: tirando Thomas Brodie-Sangster e o seu carismático Newt, o resto do elenco fica naquele nível de seriado de TV. Nem o grande Giancarlo Espositov (de Breaking  Bad) faz muita diferença. O Dylan O’Brien é um protagonista “ok”. O antagonista vivido pelo Aidan Gillan (de Game of Thrones) é quase caricato. Todos os personagens são posicionados para as suas funções narrativas específicas e cumprem essa função.

A grande qualidade do filme está nas suas cenas de ação, que acertam ao serem práticas, bem conduzidas e bem elaboradas. Há pouquíssimo efeito visual e isso ajuda na qualidade. Há também bons momentos de interação entre os personagens. Thomas, Newt e Caçarola funcionam bem juntos e, quando a trama os coloca todos juntos, entregam coisas bem legais e há um momento bem dramático, mesmo sendo previsível, que funciona bem no filme.

Maze Runner – A Cura Mortal fecha bem a trilogia que veio na onda de distopias adolescentes que inundaram o mainstream nos primeiros anos dessa década. Mesmo sendo uma obra que se leva um pouco a sério demais em alguns momentos, o filme entrega uma diversão pipoca e honesta.


Agradecemos sempre à Espaço Z pelo convite.

Maze Runner - A Cura Mortal
  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
3

Resumo

” – Mesmo sendo uma obra que se leva um pouco a sério demais em alguns momentos, o filme entrega uma diversão pipoca e honesta.”

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