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Momentos Bizarros dos Quadrinhos

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No texto passado fizemos uma viagem para relembrar grandes momentos dos quadrinhos e, no meio desse exercício, alguns momentos marcantes me vieram a tona. Diferente de serem grandiosos, esses momentos estão mais para constrangedores, daqueles que você termina de ler e pergunta: PORQUE??

Segue nossa pequena lista de momentos bem bizarros, alguns que nunca deveriam ter ocorrido, outros tão inusitados que divertem pelo simples fato de existirem!

Wolverine vence o Maioral:

Alguns quadros listados aqui aconteceram nos anos 90 e apesar de não achar um lixo total como gostam de pregar, os anos 90 foram bem complicados para a indústria dos quadrinhos, chegando a nos presentear com momentos que chegam a ser patéticos, como é o caso do primeiro de nossa lista.

Aconteceu nos Crossovers entre a Marvel e a DC, e em uma votação os leitores decidiram quem venceria o conflito. E mesmo eu sendo um grande fã do mutante canadense, Wolverine não seria pareo para o Lobo. O último Czarniano é do nível do Superman, tendo derrotado Deus e o Diabo, e conquistado sua imortalidade na marra.

O final da batalha entre os dois é tão ruim, que os roteiristas optaram por nem mostrar a luta.

Homem-Aranha e seu sêmen radioativo:

Como os roteiristas gostam de maltratar o amigo da vizinhança, fica difícil ele não estar nesta lista mais de uma vez.

Mas, uma das maiores bizarrices que li foi na edição de Homem Aranha – Potestade, escrita por Kaare Andrews. Seria o Cavaleiro das Trevas do Aranha, passada em um futuro onde os Heróis foram banidos.

Até aí apenas um plot copiado da obra de Frank Miller. Mas quando descobrimos que Mary Jane faleceu e a culpa de sua morte foi o “sêmen radioativo” do Homem Aranha é de cair no chão, não sei se para rir ou para chorar. Pobre Peter.

Arsenal bate em ladrões com um gato morto:

É isso mesmo que vocês leram! Roy Harper, também conhecido como Ricardito, sidekick do Arqueiro Verde, já teve momentos memoráveis, inclusive em histórias fortes onde o mesmo foi viciado em drogas. Mas esse momento é bizarro em tantos sentidos que nem sei o que dizer. Sério DC?

Uniformes bem estranhos:

Como a década de 90 era divertida, tudo era “massa veio” e quanto mais explosão, uniformes malucos e pouco ou quase roteiro nenhum, melhor.

Neste período, Reed Richards foi dado como morto e Sue que sempre carregou a figura materna (afinal o Quarteto é uma família) e Sue sempre foi apresentada com aquela imagem de mãe super protetora, alem de ser verdadeiramente mãe de duas crianças, resolveu inovar e ser mais ousada, mudando seu uniforme para algo digamos, bem mais visível. E antes que ergam tochas e digam: “O corpo é dela e ela faz o que quer com ele”. Concordo, mas o que incomoda é a mudança de estrutura da personagem, modificações que não fazem parte de quem ela é. Mas isso é um papo para outra discussão.

Mas para não dizerem que só falei das mulheres, temos que falar do Filho de Odin, Thor, que resolveu alterar seu look do dia, buscando inspirações no Glam Rock. Em um visual que faria inveja aos integrantes do Twisted Sister. É Mike Deodato, acho que você tem vergonha desse designer aí. Só acho! rsrs

E aí Superman, vamos fazer um pornozinho?

Na fase do grande John Byrne, o Superman passou por este momento bem constrangedor e confuso. Big Barda, personagem criada pelo Rei Jack Kirby em homenagem a sua esposa Roz, é sequestrada e dominada mentalmente por Sleez e a história deixa a entender que ela é usada como escrava. Surge o Superman pra salvar a guerreira, mas o próprio Superman acaba sucumbindo ao poder de dominação de Sleez.

Em outro momento, ao chegar em casa, o esposo de Barda, Senhor Milagre, recebe das mãos de Darkside (fofoqueiro) uma fita contendo uma gravação pornô de sua amada. A história se desenrola e o Superman consegue resistir ao domínio, libertando-se dos poderes de Sleez. Eis que entra em cena o esposo da Big Barda, e aparentemente, impede a continuidade da gravação. Mas fica uma duvida no ar: Teve ou não um filminho aí?

Capitão America e seus belos seios:

Em uma fase de reformulação onde a Marvel procurava voltar aos trilhos e vender mais, eles tiveram a grande ideia de trazer de volta os Pop Stars dos anos 90. Os caras que estavam reformulando o universo das HQS com a editora Image Comics. Eis que O Sentinela da Liberdade caiu nas mãos do grande e genial Rob Liefeld (hahahahahaha) na fatídica fase “Heróis Renascem”. E olha que beleza o visual do ”Capeitão América” desenhada pelo senhor Liefeld. Preciso dizer mais alguma coisa?

Gwen e os gêmeos:

Olha o coitado do Homem Aranha aparecendo mais uma vez em nossa lista, e eu estou sendo generoso, pois poderia fazer uma lista só com as loucuras que os roteiristas aprontam com o cabeça de teia.

Mas a pior para mim, e em “minha cronologia pessoal” nunca aconteceu, foi o caso que Gwen teve com Norman Osborn.

Na fase do Senhor J. Michael Straczynski, ele recontou as histórias em que Gwen decepcionada e triste viaja para a Europa, logo após a morte de seu pai, o Capitão Stacy. Segundo essa nova versão, a loira teria fugido de Peter, pois estaria grávida de Norman e teria tido os filhos na França. Straczynski culpa o editor Joe Quesada em interferir em seu roteiro, pois a ideia original era que os filhos seriam de Peter, e a muito Quesada tentava rejuvenescer o Aranha, fazendo com que o mesmo não fosse mais casado, para que o Homem-Aranha fosse novamente um personagem atraente para os jovens leitores que se identificariam mais com um herói solteiro e sem as responsabilidades do matrimônio, imagine ele sendo pai.

Em algo que denigre o grande amor da vida de Parker, essa fase deve ser esquecida de tão descabida que é.

Estes foram alguns momentos que me fizeram rir e ficar bastante indignado com a cara de pau de alguns roteiristas.

E vocês, lembram-se de alguns momentos que poderiam não ter acontecido nos quadrinhos? Deixem suas péssimas memórias aqui nos comentários e vamos dar continuidade a essa brincadeira!

 

 

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