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Nanatsu No Taizai (Os Sete Pecados Capitais)

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Pois bem, Nanatsu no Taizai (“Os Sete Pecados Capitais”), é um mangá escrito e ilustrado por Nakaba Suzuki, que diferentemente do autor de Ansatsu Kyoushitsu (do post passado), publicou esse entre outros trabalhos na revista Weekly Sh?nen Magazine da Kodansha em outubro de 2012, que por curiosidade é a revista considerada maior rival da Jump no japão. O mangá também já foi licenciado e vem sendo publicado aqui no Brasil pela JBC, com 08 volumes lançados até então.

Sua adaptação para anime foi lançada em abril de 2014, produzido pelo estúdio A-1 Pictures, com direção de Tensai Okamura e com Keigo Sasaki (Blue Exorcist) como desenhista. Recentemente a nossa querida e amada Netflix ? lançou a versão dublada do anime com vozes já conhecidas pela maioria de nós como a de Fabrício Vilaverde (Phineas de Phineas e Ferb), Érika Menezes (Mimi Tachikawa de Digimon Adventure), Charles Emmanuel (Rigby de Apenas um show) entre outros gênios da dublagem nacional.

Confira aqui o Trailer de lançamento do anime no Netflix:

 

 

Agora, o enredo:

?Esta história data de antes do mundo ser dividido entre humanos e não-humanos. Os Cavaleiros Sagrados, defensores do reino, possuíam grandes poderes mágicos e eram temidos e reverenciados.

Mas entre eles, havia aqueles que traíram o reino e se tornaram inimigos dos cavaleiros. Esses cavaleiros, eram conhecidos como Os Sete pecados capitais! ?

E com essa pequena narração que somos apresentados ao contexto em que se passa essa história. Saindo em uma jornada, Elizabeth, a terceira princesa do Reino de Liones, vai à procura dos sete cavaleiros acusados trair a ordem, os “Os Sete Pecados Capitais”, pois acredita que a ordem de Cavaleiros Sagrados esteja planejando uma grande guerra para tomar o controle do reino inteiro e que só os Sete possam impedi-los.

Disfarçada, dentro de uma armadura enferrujada, ela acaba chegando em um bar itinerante chamado “Chapéu de Javali” que tem como proprietário um “jovem”, um tanto quanto pervertido, e seu parceiro Hawk, um porco falante responsável por sumir com as sobras da estranha taberna. Depois de lhes contar o motivo pelo qual fugia, um grupo de subordinados dos cavaleiros sagrados chegam ao lugar a procura do tal “Cavaleiro de armadura enferrujada” acreditando que ele seria um membro dos Sete. O garoto pede que ela fuja pelos fundos enquanto ele e Hawk os distraem. A princesa, acaba sendo descoberta e é perseguida pelos cavaleiros. O garoto consegue esconde-la novamente, mas Twigo, um aprendiz de cavaleiro sagrado aparece deixa os dois encurralados. Sem outras opções a princesa decide se entregar para não causar mais estragos. Para impedir que ela se entregue, o garoto acaba se revelando o capitão dos Sete, o “pecado da fúria do Dragão”, Meliodas, e derrota Twigo. Então, ele e Hawk decidem juntar-se a Elizabeth na busca por seus antigos companheiros.

De início, se você já tem alguma referência de outras obras Sh?nen (e todo mundo já viu um Dragon Ball ou Yu Yu Hakusho da vida, não é mesmo?) você pensa: “ah, meio clichê mas interessante, eles devem trabalhar os sete personagens se baseando nos sete pecados como em Fullmetal Alchemist…”. É! É mais ou menos isso aí. O tom de comédia, já característico do gênero, é bem presente em toda a história, mas também é claro que o autor tenta dar um tom épico a história, criando situações, muitas vezes sem grandes justificativa, para que lutas e combates homéricos aconteçam, o que é exatamente ao que esse tipo de obra se propõe.

É perceptível que o autor usa de artifícios genéricos pra mostrar como os protagonistas são fodões. Dando a inimigos aleatórios poderes, teoricamente “ultra mega fucking powerful” mas que são totalmente descaracterizados no momento em que ele permite que os protagonistas o vençam quase que sem nenhum esforço. O meu ponto, é que ao fazer isso todo aquele realismo que a gente vê em OnePiece, por exemplo, em que o autor cria a cada arco novas limitações e regras para os poderes, armas, técnicas de luta e etc. é perdido. Sem essas limitações, enxergar uma maior complexidade no universo que está sendo construído é uma tarefa quase impossível. Suzuki se preocupou demais em conseguir criar “lutas épicas” e protagonistas poderosos mas esqueceu de justificar o porquê de tudo isso, deixando a história confusa e cheia de furos. As atenções a esses detalhes já são imprescindíveis em qualquer obra do gênero e isso sem dúvida é o maior ponto negativo na história pra mim.

 

E então, vale a pena assistir?

 

O anime cumpre com seu papel, entrega personagens divertidos e lutas bacaninhas mantendo sempre o tom de comédia. Indico para quem se sentiu instigado pelo o enredo, a saber um pouco mais sobre o desenrolar da trama. Mas é bom deixar claro que essa primeira temporada é basicamente uma introdução a um grande universo que o autor planeja contar, e com o sucesso que o anime/mangá foi, com certeza há muito por vir, por isso, se você não se importa com esses detalhes chatos que me incomodaram e só estiver afim de conhecer um universo novo, vá em frente e seja feliz =) !

O anime teve a segunda temporada confirmada em 2016 ao final do último episódio de Arslan Senki confira o teaser abaixo:

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