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Nossa análise de ‘Surfista Prateado: Escuridão’ da Panini Comics Brasil

Norrin Radd vive um desafio que pode ser o seu último! Confira a nossa análise da obra de Donny Cates, Tradd Moore e Dave Stewart.

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Arte: Tradd Moore | Cores: Dave Stewart

Surfista Prateado: Escuridão é um dos mais recentes lançamentos da Marvel pela Panini Comics Brasil a chegar nas bancas, comic shops e sites especializados. Trazendo as 05 edições da minissérie Silver Surfer: Black, a história é escrita por um dos mais novos e hiperativos autores da casa: Donny Cates (Thanos, Venom, Guardiões da Galáxia), e conta com a arte de Tradd Moore (Moto[rista]queiro Fantasma) e cores de Dave Stewart (Superman – Legião dos Super Heróis).

Sinopse:
O caos reina em toda a galáxia após o assassinato de Thanos por sua filha adotiva Gamora (ver Guerras Infinitas). Durante a leitura do testamento do Titã Louco, a Ordem Negra – a milícia particular de Thanos – ataca os convidados e os abre um buraco negro no meio da cerimônia (ver Guardiões da Galáxia – vol. 1 – O Desafio Final). Alguns dos maiores heróis do cosmo vão parar nesse abismo, entre eles o Surfista Prateado, que precisa sobreviver a essa jornada pela escuridão.

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Cates é um cara de qualidade: boas ideias, boas sacadas, bons textos, diálogos ágeis, bom vocabulário. Não tem medo de pirar e tem bons editores que apoiam as suas pirações.

Aí pega umas pitadas do que ele faz no Thanos, no Motoqueiro Fantasma Cósmico, no Venom, nos Guardiões, e mistura nessa a história do Surfista, que tem um plot até simples, e aí o Cates faz o que considero fantástico num escritor hoje: ele conta essa história de uma forma foda! Norrin Raad é um dos personagens mais puros da editora, e Cates utiliza bem essa característica para trazer dilemas e conflitos éticos à história, e também temos aqui desafios e lutas de escala cósmica. Cates entende e escreve muito bem a parte espacial da editora.

++Leia Mais:
– Astronauta: Parallax | Crítica (Sem Spoilers)
– Série documental Marvel 616 mergulha no mundo dos super-heróis

Claro que, aqui, com a PUTA ARTE ULTRA FODA do Tradd Moore, isso ficou muito melhor. O Moore estica a baladeira* até os limites da narrativa de um gibi. Usa todas as estéticas possíveis e necessárias para contar essa história. Kirby, Kandinsky, Warhol, Buscemão, Moebius, Hip Hop, Pop Art, Grafiti… e assim vai. Moore coloca na arte o que a história precisa e o faz com uma carga de personalidade e precisão gigantescas.

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Aí, entra o outro ponto super positivo da HQ: o trabalho de colorização do Dave Stewart. As cores puras, com poucos efeitos de colorização digital casando muito bem com as composições de linha do Moore, acentuando todos os momentos calmos e importantes da história. Aqui a arte faz algo único, pois ler essa história no digital é o mesmo que ver filme feito pro IMAX no Blu-Ray, porque quando você vê percebe que são experiências muito distintas. Eu diria até que ler essa história no digital é ter uma experiência menor e incompleta.

Falando sobre a edição nacional, é muito bem-vindo ver essa mini-série públicada em um formato acessível, em capa cartão,com grande qualidade gráfica ( ponto positivo pra Gráfica Log & Print),completa e num valor muito convidatívo. Esse, ao meu ver, é o formato ideal de publicação.

Também gostei bastante do trabalho de tradução do Leo “Kitsune” Camargo e adaptação do hoje,clássico editor da casa,Fernando Lopes. O textonse manteve ágil e também cheio de palavras mais rebuscadas, dando o ar épico necessário pra narrativa. A edição da Panini é um grande acerto sob a batuta do editor Paulo França.

Surfista Prateado: Escuridão é um tremendo gibizão! Donny Cates, Tradd Moore e Dave Stewart levam Norrin Radd para um novo caminho que lhe dá uma nova cara, sem mudar a sua essência em nada. O que me empolgou demais. Mesmo.

Esse é o “Catesverso”. Um dos cantinhos mais legais da Marvel hoje.

O Surfista Prateado foi criado por Jack Kirby e Stan Lee.

Adquira já Surfista Prateado: Escuridão AQUI.

* Nota do Editor:
Para quem não é do Ceará: Esticar a Baladeira é algo como “forçar o máximo possível”, “chegar ao limite antes de romper”.


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