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O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio | Crítica (SEM Spoilers)

‘O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio’ é o mais novo filme da franquia criada por James Cameron e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton nos anos 80 e 90, retorna aos cinemas, agora sob a batuta de Tim Miller (Deadpool), em mais uma tentativa de ressuscitar a franquia, algo que já vem tentado ser feito já há três filmes, ou mais ou menos uma década.

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O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio‘ é o mais novo filme da franquia criada por James Cameron e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton nos anos 80 e 90, retorna aos cinemas, agora sob a batuta de Tim Miller (Deadpool), em mais uma tentativa de ressuscitar a franquia, algo que já vem tentado ser feito já há três filmes, ou mais ou menos uma década.

Ignorando as três últimas tentativas, o filme é uma continuação direta do longa de 1991, ‘O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final‘. Aqui temos mais uma vez as máquinas enviando um novo tipo de Exterminador (Diego Luna) diretamente do futuro para assassinar a jovem Dani (Natalia Reyes) enquanto a resistência envia Grace (Mackenzie Davis), a fim de tentar parar o novo Exterminador. No meio desse combate, surge Sarah Connor (Linda Hamilton), ainda lutando contra os Exterminadores e unindo-se à Grace para protegerem Dani.

O maior destaque do filme é a interpretação vigorosa de Mackenzie Davis. A sua Grace é um personagem extremamente físico e bastante exigido nas sequências de ação e também não faz feio ao demonstrar a humanidade e outros sentimentos nos momentos mais dramáticos do filme. Davis tem um carisma em tela muito grande e isso sustenta muito do filme. E se alguém da Warner ou da Marvel for esperto, vão dar uma franquia para ela rapidinho. Natalia Reyes até que faz bem a sua personagem Dani, ela constrói bem o arco de mudança de uma menina desprotegida para uma pessoa que entende a loucura que está envolvida. Linda Hamilton já faz o papel de Sarah Connor com a mão nas costas e é sempre divertido ver ela soltando palavrões e usando metrancas para explodir as coisas, e ela também sabe adicionar camadas de dor e cansaço a personagem que já vem lutando há muito tempo contra esse tipo de ameaça mas que nunca encontra uma solução definitiva para isso. Schwarzenegger e Luna cumprem bem os papéis na trama.

Ken Seng cria uma fotografia e uma produção de arte que tenta imitar o que foi feito em Exterminador do Futuro 2, às vezes acertando o objetivo, e também acaba repetindo o que ele mesmo fez em Deadpool. A trilha sonora de Junkie XL segue funcional e só ganha força ao revisitar os temas clássicos. No quesito de efeitos e ação, dá para ver o quanto o time se soltou e conseguiu criar sequências muito boas, em especial a do primeiro ato do filme, que é uma grande sequência de perseguição na estrada. O filme usa muito bem efeitos práticos e quase não há sensação de tela verde durante os efeitos, isso é muito positivo e trouxe uma verossimilhança e peso aos momentos de ação e aos combates físicos.

Entretanto, o maior problema do filme, e que acaba deixando a experiência bastante aquém é o fato do roteiro não ser nem um pouco inventivo. A sensação de que “eu já tinha visto isso antes” fica muito presente durante a obra. O roteiro feito à muitas mãos, tipo umas 10, ficando claro pitacos de James Cameron no roteiro e a mão de David Goyer no geral, junto com outros 3 roteiristas, se mostra simploriamente linear e em diversos momentos, há diálogos muito fracos. Mesmo havendo ideias criativas dentro do roteiro, a forma como elas foram executadas deixou a desejar.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio‘ não chega a ser um filme péssimo como os últimos três filmes feitos dentro da franquia. É um grande acerto colocar esse novo filme logo após o segundo, usando detalhes da história para continuar em frente após aquele momento e acertou em deixar pontas soltas para futuras continuações, porém o resultado desse filme é irregular o suficiente para que não haja empolgação para o que vem a seguir.

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