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Os Smurfs e a Vila Perdida | Crítica

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Les schtroumpfs, criação do cartunista Peyo, ganharam vida em 1958, no álbum de quadrinhos franco/belga Johan et Pirlomit, como coadjuvantes e logo depois ganharam histórias próprias e fizeram muito sucesso durante a segunda metade do século XX. No ano de 1981, a Hanna Barbera produziu a animação que ainda hoje é a porta de entrada para os fãs dos pequenos Smurfs.


Depois de dois longas onde mesclavam o estilo animação + live action (bem ao estilo de Alvin e os Esquilos), Os Smurfs e a Vila Perdida chega aos cinemas como uma nova animação dirigida por Kelly Asbury (Shrek e Shrek 2).

Os Smurfs tornaram-se muito conhecidos no país nos anos 1980, quando sua animação foi exibida nas manhãs da Rede Globo. Com a sua conhecida musiquinha “ Na Naaa Na Na Na Naaaa..Naaaa… Na Na Na Na!” embalando as crianças. As criaturinhas azuis vivem numa vila secreta e tentam o tempo todo fugir do Bruxo Gargamel e seu gato Cruel, que querem achar a Vila dos Smurfs pra sugar a magia deles. Para isso, Gargamel criou uma Smurf mulher, para se infiltrar na Vila, mas com a ajuda do Papai Smurf, o líder da Vila, a Smurfette consegue se livrar do domínio de Gargamel e passa a viver na vila junto dos outros 100 Smurfs.

A trama da animação, escrita por Stacy Harmon e Pamela Ribon, foca justamente em Smufette, que questiona-se qual é o seu papel na Vila, já que cada Smurf tem uma função específica. Smurfette sai em busca de auto-descobertas quando, ao chegar próximo da Floresta Proibida, ela encontra uma estranha criatura que foge para dentro da floresta e, no mesmo momento, Gargamel  faz a mesma descoberta. Agora, com a ajuda de Robusto, Gênio e o Desastrado, Smurfette precisa deter Gargamel, achar a Vila Perdida e em meio a tudo isso, encontrar a si mesma.

A história do longa é bem simples e linear e sem grandes reviravoltas. Ela funciona bem como um bom entretenimento e ao mesmo tempo, usa o texto de forma eficaz para passar as mensagens atuais como o protagonismo feminino, tendo a Smurfette como personagem principal ativa e tendo os outros Smurfs em parceria com ela, agindo como equipe e buscando fazer o certo. A obra é bastante fiel ao seu material fonte, utilizando todo o background vindo dos quadrinhos e da animação pra contar essa história.

A animação é o ponto alto da obra. Referente ao traço original do Peyo, os Smurfs estão perfeitos! Extremamente carismáticos e adoráveis. Os cenários, mesmo estilizados, são muito críveis e tangíveis. As texturas de pedras, água, fogo e elementos naturais estão excelentes, as cenas de ação não decepcionam e a fotografia aliada à uma bela paleta de cores brilhantes e vivas dão conta do recado. O 3D aqui dá uma excelente noção de profundidade e foi bem utilizado em tela.

A dublagem está competente. As vozes dos Smurfs estão legais, mas como fã clássico, sinto falta do Orlando Drummond como Gargamell, aqui dublado pelo ator global Rodrigo Lombardi e do Papai Smurf do Silvio Navas, mas sei que ambos já não estão mais no ramo. Há também mais celebridades no elenco, mas falar mais daria Spoilers da trama.

Os Smurfs e A Vila Perdida é uma animação para toda a família. Reverente e fiel ao material fonte, com uma animação excelente e uma trama bem amarrada, a obra é uma boa diversão pra apresentar aos filhos esses personagens e pra matar a saudade dos fãs veteranos.

  • Direção
  • Dublagem
  • Animação
  • Roteiro
3

Resumo

Uma boa história que comunica de maneira eficaz mensagens atuais como o protagonismo feminino, cenas de ação bem trabalhadas, personagens adoráveis e 3D de qualidade. Uma boa diversão para toda a família!

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