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Planeta dos Macacos: A Guerra | Critica SEM Spoilers

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No começo, o homem tentou criar algo novo, e do vírus desenvolvido gera o primeiro macaco inteligente: César e isso causa a ORIGEM de um novo grupo de símios com pensamento racional e que começa a rebelião contra humanidade. O vírus se espalha, e agora uma nova sociedade liderada por César vê o surgimento do CONFRONTO entre o que restou da humanidade, dizimada pelo vírus que dá inteligência aos macacos. O tempo intensifica as diferenças entre homem e macaco, e até mesmo dentro do grupo de macacos, e a GUERRA entre lados pela sobrevivência mostra-se a única solução para os que restam sobre a terra.

Planeta dos Macacos: A Guerra chega aos cinemas com a missão de completar essa nova trilogia dos macacos inspirados na obra de 1963 do autor francês Pierre Boulle e que gerou uma infinidade de subprodutos como filmes, seriados, animações, quadrinhos e que hoje é um dos pilares do gênero de ficção científica.

César e seu agrupamento de símios estão resistindo contra um grupo de soldados estadunidenses liderados por um Coronel amoral e sanguinário. Ao mesmo tempo em que César precisa liderar o seu grupo para sair da floresta e achar um novo lar, uma tragédia faz aflorar em César um lado sombrio que pode levar todo o esforço de reconstrução e recomeço a falhar.

Andy Serkins mais uma vez mostra-se perfeito como o líder dos macacos. Todo o trabalho de captura de movimentos e expressão facial são elevados à um nível fantástico! Detalhes de movimento facial mínimo e expressivo são convertidos em construtos digitais impressionantes. Não somente ele mas todos os macacos estão naturais, expressivos e impressionantes. O trabalho físico dos atores, somado aos efeitos visuais, fazem a diferença e acredito que o longa levará indicações de efeitos visuais no Oscar de 2018.

O diretor Matt Reeves, segue à frente da franquia novamente e traz, junto ao escritor Mark Bomback, um dos filmes mais pesados do ano. Visualmente embasado na direção de arte de arte liderada por Maya Shimoguchi e a fotografia de Michael Seresin, o longa sempre evoca o fato de que o mundo está no seu limiar. Ruínas das cidades mesclam-se com a desolação do inverno que permeia todo o tempo em que o longa se passa. Ao mesmo tempo é tocante ver a união e apoio entre os líderes dos macacos ao lado de César e até os novos personagens são bem colocados aqui, mas o filme o tempo todo te arranca dor e tristeza ao mostrar as agruras que esses personagens tem que passar. O Coronel de Woody Harrelson personifica a loucura que a Guerra traz para aqueles que a abraçam demais. Em diversas cenas o teor alegórico é claro e preciso, calcado no belicismo cultural presente na sociedade americana, uma posição messiânica de César, que sempre está disposto a se sacrificar pelo seu povo e também o quanto cada vez mais a humanidade, em seu pior momento, prova-se mesquinha e a nova sociedade símia, na figura de César, mostra-se equilibrada e vítima do conflito ao qual tenta fugir a todo custo. Tudo isso é acentuado com a trilha sonora de Michael Giacchino, que sabe variar temas tocantes e furiosos nos momentos certos para engrandecer a história.

Entretanto, toda essa força na grandiosidade mostra os problemas do longa. Reeves e Bomback algumas vezes caem nas armadilhas que alguns clichês usados no roteiro trazem. Elas não enfraquecem o todo, mas mostram-se incômodas nos momentos em que são utilizadas por demonstrar saídas fáceis do roteiro.

Fechando todas as pontas soltas e tendo a grande qualidade de, mesmo sendo uma continuação, o longa mostra-se muito acessível para recém chegados. Planeta dos Macacos: A Guerra fecha com louvores esta nova trilogia. Matt Reeves acerta em criar uma obra que dialoga muito bem com o pior e melhor que indivíduos pensantes possuem e onde o nosso melhor exemplo de ser está nos olhos dos primatas.

Planeta dos Macacos: A Guerra
  • Direção
  • Elenco
  • Fotografia
  • Roteiro
4.5

Resumo

” – Matt Reeves acerta em criar uma obra que dialoga muito bem com o pior e melhor que indivíduos pensantes possuem e onde o nosso melhor exemplo de ser está nos olhos dos primatas.”

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