Um dos maiores personagens da Marvel Comics sempre sofreu com o desafio de ter boas histórias. Um ser muito poderoso, com um aspecto nada amigável, que passeia muito na dualidade entre ser uma força usada para o bem ou a destruição em pessoa. Estamos falando de Bruce Banner e seu alter ego, Hulk.
Eu sempre gostei muito do conceito do personagem, brincando com os arquétipos do médico e do monstro. Hulk teve alguns casos de boas histórias sim, e Planeta Hulk é uma delas.
A história de Planeta Hulk começou a se desenrolar nas páginas de The New Avengers: Illuminati, com roteiros de Brian Bends. Logo após a batalha Kree-Skul, Tony Stark percebe que os heróis podem fazer mais, e muito do que aconteceu poderia ser evitado. Então Stark une as maiores mentes do universo Marvel, Charles Xavier, Dr. Estranho, Reed Richards, Raio Negro, Namor e Pantera Negra, fundando assim os Illuminati.
Saber a criação desse grupo é de extrema importância para entendermos o plot da história, afinal o grupo se considera o protetor da humanidade, sendo responsável pelo exílio de Bruce e sua contra parte temida por todos. Os Illuminati, já sem a participação de T’challa, decidem banir Hulk para um planeta desprovido de vida inteligente, onde o mesmo pudesse viver em paz, e não fosse mais uma ameaça para a humanidade. Namor abandona o grupo, pois não concorda com essa atitude e alega que o Gigante Esmeralda irá retornar e buscará vingança.
Mesmo com os avisos e a raiva de Namor, o plano é realizado com toques de traição e manipulação. Hulk vai ao espaço com a missão de destruir um satélite inteligente que ameaça a paz na terra. Terminada a missão, a nave não retorna para terra, seguindo seu plano obscuro de levar seu tripulante para o Planeta então escolhido. Nessa viagem, algo acontece, e o veículo acaba entrando em um portal que leva Bruce a um planeta completamente diferente.
Enfraquecido pela viagem, e tentando se acostumar com a atmosfera desse novo lugar, Hulk é levado como escravo/gladiador, para servir de divertimento das massas e do soberano do lugar, O Rei Vermelho.
A trama acaba remetendo a filmes como Spartacus e Gladiador, pois a sociedade de Sakaar é extremamente dominada por esse governante, que usa o sistema de “Pão e Circo” para dominar as massas.
Personagens bem marcantes nos são apresentados, e um herói quebrado, tentando se reerguer e recuperar suas forças encontra no lugar mais improvável: seu lugar, sua irmandade.
Com os roteiros de Greg Park, a arte interna de Aaron Lopresti, Planeta Hulk foi publicado pela Panini Comics em mensais e um belíssimo encadernado de luxo. Mas a Salvat, conhecida por seus encadernados da Marvel, também lançou, recentemente, este arco dividido em duas partes, que você encontra em nossos parceiros da MMG Comics.
A história de Planeta Hulk foi adaptada em um formato de animação, com algumas nuances de roteiro e modificações de personagens, pois na HQ, temos a presença de um grande personagem da Casa das Ideias, que na animação foi substituído por outro que gosto muito, mas não é conhecido pelo grande público.
Com mistos de profecias, grandes batalhas, personagens fortes, o roteiro não é nenhuma novidade, mas agrada por sair da comodidade das histórias de heróis, no fazendo viajar em um mundo muito bem construído, além de cenas de batalhas épicas.
Comecei muito cedo a consumir cultura pop, graças a minha Santa Avozinha que me presenteou com a edição A Espada Selvagem de Conan N° 14. Tenho a absoluta certeza que Jack “The King” Kirby é mais importante para o universo dos quadrinhos que Stan “The Man” Lee. Sou fã de Star Wars, Lord Of The Rings, Poderoso Chefão, Batman e Wolverine. Amante de bons filmes e louco por pudim e Doritos picante.