Project Power, da Netflix, entrega ação crua, sem muitos rodeiros, em um espetáculo de filme.
Project Power, dirigido pela dupla Henry Joost e Ariel Schumer, vindos de filmes indies como Viral (2016) e Nerve (2016), chegou na Netflix para atender o público fã de bons filmes de ação.
Estrelado por Jamie Foxx, que interpreta Major, um homem investigando o caminho que a nova droga, a Power, está seguindo na cidade de Nova Orleans. Esse narcótico dá ao usuário cinco minutos de super-poderes, que a pessoa que usa a pílula não sabe que poder receberá, até correndo o risco de ser destruído pela própria droga. Nesse contexto, o policial Frank, interpretado por Jason Gordon Levvit, segue a sua investigação das origens dessa nova droga e que tem ao seu lado a jovem Robin, vivida por Dominique Fishback, que é uma pequena traficante de Power, e que acaba se metendo nas investigações de ambos.
O grande foco do roteiro escrito por Mattson Tollin é bem claro: a ação. Project Power são 1h e 50 min. de um ritmo simplesmente alucinado, e isso é muito bom. Com essa escolha clara, o filme dá ao espectador o necessário para que você conheça os personagens chave da trama em seu primeiro ato e, depois disso, engata a quinta marcha e pisa fundo no acelerador da ação. Isso também é espertamente preenchido com uma boa construção de cenário, usando bem os pontos de Nova Orleans necessários para contar a história e faze-lá prosseguir.
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Há pequenas sutilezas nos diálogos, como o excelente enaltecimento da cultura negra norte-americana, com o rap e as mensagens positivas que a música traz, e os avisos de que estamos num sistema que esmaga o pobre para engrandecer os ricos. São momentos rápidos e que são bem-vindos numa obra de ação, que nunca esquece de ser espetáculo.
Joost e Schumer se apropriam de quase todas as linguagens cinematográficas possíveis aqui. A câmera do filme nunca está parada graças ao trabalho de fotografia de Michael Simmonds e isso sempre acentua à níveis altíssimos as cenas. As escolhas de usar uma paleta de cores ultra saturada também reforça esse clima cheio de adrenalina e dá força para os movimentos na tela. As escolhas musicais, com o bom uso do rap, dá agilidade ao trabalho como um todo.
Project Power é um filme ágil, rápido e que não tem medo de buscar o entretenimento. Ele tem momentos reflexivos e mensagens muito positivas em suas ideias e, de forma esperta e moderna, Henry Joost e Ariel Schumer focam e acertam muito bem na sua meta principal: criar um filme de ação com estilo e diversão. Que bom que eles escolheram fazer assim.
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