Sempre observo algumas pessoas torcerem o nariz ao ouvirem a fatídica palavra remake.
Mas o que muitos não analisam é que filmes considerados grandes obras nos dias de hoje são refilmagens de obras do passado. Exemplos: Scarface é a reimaginação magistralmente dirigida por Brian de Palma, e com a atuação alucinada de Al Pacino do filme homônimo Scarface – a vergonha de uma nação de 1932.
Martin Scorsese também bebeu de fontes do passado para nos apresentar a sua versão de Cape Fear de 1962 em seu triller alucinante, Cabo Do Medo. Voltou a nos dar sua visão em os Infiltrados de uma obra já existente, Conflitos internos, uma produção de Hong Kong de 2002.
O horripilante e perturbador A Mosca, do diretor David Cronenberg, é uma refilmagem do Filme A mosca da Cabeça Branca de 1958.
Em 1982, John Carpeter nos presenteia com O enigma do outro mundo, sua versão de um filme de 1951, O monstro do Ártico.
Todos esses filmes são refilmagens e, em muitos aspectos, superam a obra original, pois trazem uma nova linguagem para uma história já existente, grandes atuações e direções incríveis.
Por isso, resolvi brincar de produtor e vasculhar no baú do cinema filmes que merecem uma atualização.
O feitiço de Áquila – Ladyhawke (1985, Dirigido por Richard Donner).
Um dos filmes da minha infância, mas que infelizmente envelheceu mal e merecia uma revisitação. O enredo tem tudo para agradar mesmo a quem nunca ouviu falar das aventuras de Rato e a linda paixão de Navarre e Isabeu. Um casal amaldiçoado por um bispo que desejava ter a linda Isabeu. Magia, amor e grandes cenas de batalha.
Os aventureiros do Bairro Proibido – Big Trouble in Little China (1986 Dirigido por John Carpenter)
As aventuras de Jack Burton contra ninjas, seres míticos e um Shang Tsung bizarro (David Lo Pan), nos renderia muita explosão e gargalhadas em uma épica aventura. Um filme leve e divertido como há muito não se faz.
Metrópolis – Metrópolis (1927 Dirigido por Fritz Lang).
Um marco da história do cinema e um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. Dirigido pelo Austríaco Fritz Lang, é atual até os dias de hoje e seria até um crime uma reimaginação dessa obra. Mas eu gostaria que um grande diretor, alguém com uma visão única e singular, revisitasse essa obra, alguém de coragem e com liberdade para trabalhar. Gostaria de ver o que Duncan Jones, do excelente Lunar, faria com essa obra.
No Limite do Amanhã – Edge of Tomorrow (2014 dirigido por Doug Liman)
Quando vi o anúncio do mais novo filme do Sr. Tom Cruise, me empolguei, afinal gosto muito de filmes de ficção e ainda me apresentava o conceito de armaduras e a linda Emily Blunt fazendo um oficial badass, que destrói alienígenas com uma espada gigante. Maravilha! E ainda havia o conceito de viagem no tempo, me pegou de cara. Fui ver o filme e, apesar de muitas falhas no roteiro, eu gostei e me diverti demais. E sim, Tom Cruise corre, e corre muito. Não tenho muita cultura de mangá e descobri que o filme era baseado em um livro e um mangá do mesmo criador de Death Note, Mangá/anime do qual gostei muito. Fui procurar o mangá e até agora não entendi porque não mantiveram o plot original. Muito mais coeso e bem construído. Era essa história que eu adoraria ver adaptada nos cinemas. Afinal, dois machados gigantes são mais divertidos que uma espada apenas.
Essas foram minhas propostas, e espero algum produtor as acate (ou não, Rsrsrsr).
Mas existem filmes que são únicos e nunca, eu repito nunca, devem ser tocados. Curtindo a vida adoidado, A trilogia do Poderoso Chefão, Ratatouille e Taxi Driver são alguns deles.
Comecei muito cedo a consumir cultura pop, graças a minha Santa Avozinha que me presenteou com a edição A Espada Selvagem de Conan N° 14. Tenho a absoluta certeza que Jack “The King” Kirby é mais importante para o universo dos quadrinhos que Stan “The Man” Lee. Sou fã de Star Wars, Lord Of The Rings, Poderoso Chefão, Batman e Wolverine. Amante de bons filmes e louco por pudim e Doritos picante.