“Scooby-Doo, meu filho, você está de volta!”
Desde o seu anúncio e sua campanha de divulgação, Scooby! tornou-se uma das animações mais esperadas desse ano nos cinemas.
Ai veio a Covid-19. Salas de exibição fechadas e, com a incerteza de reabertura desses espaços, somada a iniciativas frutíferas de outros estúdios, a Warner decidiu manter a data de lançamento desse longa animado. Porém, com a chegada para as plataformas digitais de venda e aluguel nos EUA, agora temos o lançamento do longa aqui no Brasil em formato de aluguel digital, via streaming. Agradecemos à Warner Brasil e às amigas e parceiras da Espaço Z a oportunidade de conferirmos o lançamento do longa animado.
Dirigido por Tony Cervone, veterano dentro do campo de animações pra TV, esse longa tem em suas grandes qualidades a soberba animação e seu design de arte, que mostraram o refinado trabalho dessas equipes, com designs bonitos, escolha de cores e texturas magníficos. Algo que ficaria lindo no IMAX e que é feito para se assistir em Full HD mesmo. Junto disso, temos um excelente trabalho de som que, com o resgate de coisas clássicas mescladas à tecnologia recente e, somadas às homenagens e easter eggs da Hanna-Barbera, darão aos fãs do estúdio muita alegria.
O que entristece é que uma qualidade da obra também é o maior defeito de Scooby!.
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Esse projeto tem um claro objetivo: criar mais universo compartilhado. Um “HBverso” ou “Hanna-Barberaverso”. As adições do Falcão Azul, Bionicão, Sabina (Dee Dee Skies) e outros personagens da Hanna-Barbera que estão no longa deixaram isso claro e tudo isso gerou um excesso que, numa animação curta como essa, só deixou o roteiro mais apressado, de forma que, se você perder algum diálogo, vai boiar. Isso tb mostra um claro processo criativo cheio de idas e vindas no roteiro. Roteiro esse que acerta quando foca no núcleo do Scooby-Doo e derrapa ao utilizar clichês preguiçosos no segundo e terceiro atos.
Além dos problemas com roteiro há também percalços nos diálogos, que se saem bem quando são espertos e rápidos, mas falham quando se tornam expositivos demais. Aqui também vemos um clássico erro de criação, com 7 pessoas cuidando disso tudo e, ainda assim, temos diversos furos e soluções fracas. Mesmo assim, não posso negar que o roteiro como um todo é funcional e manteve um bom ritmo para a história.
No elenco, Mark Whalberg e Jason Isaacs estão excelentes (descobri-los na obra é uma diversão à parte) e o restante do elenco está muito bem, e não vou negar minha alegria de ver uma animação em seu áudio original. Na versão dublada, tivemos o trabalho de Guilherme Briggs, assumindo o manto de Scooby-Doo, antes dublado pelo lendário Orlando Drummond. Fernando Mendonça faz o Salsicha, assumindo o legado de Mário Monjardim, e também temos diversos dubladores clássicos, como o Garcia Júnior e Márcio Simões.
Scooby! agradará muito as crianças por ser divertido, ágil e não as tratar como idiotas. Porém, esse longa não é uma obra tradicional de humor, mistério e investigação, como Scooby-Doo sempre foi mas, sim, mais um filme de super-heróis, com o Scooby dentro dele.
A animação pode ser encontrada nas versões dublada e legendada, em diversas plataformas digitais como: Cinema Virtual, SKY Play, VIVO Play, Google Play, Apple TV, Microsoft Store, PlayStation Store e Uol Play.
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