O ouriço azul mais famoso do mundo está de volta para mais uma aventura empolgante e gostosinha de assistir. Sonic 2 chegou aos cinemas e, com ele, a nossa crítica para vocês!
Se em 2020 (um pouco antes da pandemia começar), o primeiro longa de Sonic foi uma grata surpresa para o grande público, em nos apresentar a primeira adaptação de um jogo de videogame realmente descente para os cinemas, hoje, dois anos depois, a Paramount Pictures tinha o desafio de nos trazer uma sequência tão boa ou melhor do que o primeiro filme e muito mais fiel aos jogos. Felizmente ela conseguiu.
Sem medo de ser feliz e abraçando de vez a galhofa, Sonic 2 nos traz o conceito “quanto maior, melhor”. Não apenas para justificar esta sequência, como também para aprofundar um pouco mais este universo criado pela SEGA. O filme, mesmo contando com atores reais, os transformam em meros coadjuvantes e dá foco total para os personagens digitais e para a nova trama, à la Indiana Jones, onde vemos Sonic e seu mais novo amigo, Tails, unindo forças para impedir que um antigo e um novo inimigo venham a pôr as mãos em uma poderosa esmeralda que dá, a quem a possui, um poder colossal.
A trama deste novo Sonic começa basicamente no ponto onde o filme anterior terminou, onde vemos o vilão Doutor Eggman/Robotnik (Jim Carrey) preso no Planeta Cogumelo, buscando uma forma de sair de lá, voltar à Terra e, assim, conseguir vingar-se do ouriço azul. Entretanto, ao usar um espinho do nosso herói, ele acaba atraindo visitantes inesperados, além do explosivo Knuckles, dublado por Idris Elba.
O roteiro de Patrick Casey e Josh Miller trazem uma série de artifícios que facilitam a jornada do protagonista, não trazem grandes reviravoltas, mas se divertem com um orçamento maior, apresentando novos cenários e efeitos mais elaborados (a propósito, os personagens estão muito mais fieis aos jogos do que antes), como acrescentar a luta final uma grande tempestade e até um confronto com um robô gigante.
Quanto ao elenco humano, James Marsden (nosso eterno Ciclope) e Tika Sumpter estão okays em seus papeis de tutores de Sonic, mas não temos muito o que falar deles, pois aqui a história não traz muito enfoque nos personagens dos dois, já Jim Carrey está mais pirado do que nunca com suas caretas e expressões caricatas como o vilão Robotnik. Sentindo-se mais confortável no papel, ele vira, deita e rola encima do personagem.
Jeff Fowler retorna na direção e com ele o trabalho de trazer uma sequencia maior, mais divertida e pirada do que o seu antecessor, cumpre bem esse papel, mas não faz uma grande evolução significativa, além das já citadas acima. Se posso destacar um ponto negativo seria a constante quebra de ritmo do filme e, por ter cerca de 20 minutos a mais que o primeiro que poderiam ser muito bem cortados, trazendo assim um melhor dinamismo ao longa.
Sonic 2 é um filme quentinho sobre personagens que amamos. Onde podemos ver uma sequencia mais madura, que adapta muito bem as peculiaridades dos jogos do ouriço azul, engrandecendo a ação e aventura, e deixando conosco a certeza de que essa franquia ainda tem muito o que nos presentear pelos próximos anos.