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Wolverine Origens

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Logan, o mutante canadense, o melhor naquilo que faz. Wolverine passou anos em um passado envolto em mistérios e sua origem foi, por muito tempo, um dos elementos mais discutidos e trabalhados no universo Marvel. Seu passado gerou diversas estórias bem interessantes e surreais. Uma das melhores sobre o passado de Logan foi realizada por Barry Windsor-Smith, na incrível Arma X (Já falamos aqui em Multiversos Indica – Arma X).

No início dos anos 2000, uma nova luz aos segredos de Wolverine nos foi apresentada, Wolverine Origem, com Paul Jankins nos roteiros e Andy Kubert na arte.

Em uma atmosfera que lembra muito o filme O Jardim Secreto, a família Howlett nos é apresentada. Com uma narrativa bem agradável, somos transportados ao final do século XIX, onde encontramos em uma fazenda, em Alberta no Canadá, o pequeno James Howlett, um garoto doente e frágil, seu pai John e sua mãe, tomada por enfermidades que lhe consomem a mente e o espírito. Acompanhamos toda a história através dos  olhos da jovem e bela Rose, a menina órfã é acolhida pela família Howlett para fazer companhia ao pequeno e doente James.

Outro personagem importante para a trágica narrativa que segue, é o garoto de nome Cão. Filho do capataz da fazenda, Thomas Logan; um homem cheio de ódio e rancor em seu coração, que trata o menino com violência e nutre desejos e segredos a muito escondidos em sua alma. Segredos esses que culminam em tragédia. O pois invejoso capataz Thomas Logan teve no passado um caso com a mãe do pequeno James, gerando um filho. Filho este que é o motivo de toda insanidade da mulher, pois a mesma carrega em seu corpo as marcas que possivelmente foram feitas por garras!

O tempo passa em relativa paz, o doente James, Rose e Cão meio que se tornam amigos, mas Cão também tem seus desejos pela jovem Rose.

Todavia nada é calmaria na fazenda dos Howlett, Thomas Logan resolve que é hora de tomar as rédeas da situação, e cobrar a amor que lhe foi negado. Armado e cheio de ódio, ele invade a mansão, e o mistério de quem seria futuramente o nosso Wolverine nos é revelada, pois apesar de acharmos que Cão tem tudo para ser o Wolverine, de uma maneira trágica a verdade nos é revelada. É neste momento em que o doente James Howlett em torpor de ódio, mostra as famosas garras pela primeira vez. O jovem James e a perdida Rose acabam tendo que fugir e recomeçar do zero.

Cheia de reviravoltas e algumas surpresas para o leitor, conseguimos visualizar o passado de Wolverine, e trazer uma luz a tantas dúvidas. Mas a história termina trazendo em seu final mais questionamentos.

Recentemente, a Panini lançou um lindo encadernado de capa dura e sequência direta dessa história. Wolverine Origem II.

Nessa nova obra, vemos um Logan mais fera do que homem, vivendo em meio a uma matilha de lobos, se tornando parte vital dessa sociedade.
Dessa vez os roteiros são de Kiero Gillen, e quem assume a arte é o irmão mais velho de Andy, Adam Kubert. A inspiração vem de outro universo, o universo de Greystoke – A lenda de Tarzan o rei da selva. A matilha é uma alusão aos macacos e o meio homem, meio fera, uma clara referência ao Tarzan. Em meio à sua nova família, Logan vive em relativa paz, encontrando assim o seu lugar no mundo. Mas nada na vida de nosso protagonista é fácil e por conta de um personagem muito conhecido do universo dos Mutantes, Wolverine perde tudo novamente, inclusive a própria liberdade.

No decorrer da trama, acompanhamos nosso herói totalmente humilhado e seus sofrimentos físicos e psicológicos só tendem a aumentar. Todo esse sofrimento é orquestrado por Nathaniel Essex (Sr. Sinistro) tentando descobrir os mistérios da evolução e em seu eterno jogo de brincar de Deus.

O atormentando Wolverine é salvo pela enigmática Clara e seu companheiro Creed.

A promessa de liberdade e amor acabam trazendo uma nova vida e esperanças ao atormentado Logan

Apresentando personagens novos e alguns velhos conhecidos do universo Marvel, Wolverine Origem II deixa um pouco a desejar no roteiro, não apresentando nada ao cânone do personagem e em minha opinião a história chega a ser monótona.

A arte de Adam em alguns momentos mostra-se preguiçosa e sem inspiração, deixando a narrativa visual cansativa. Mas sei que ainda existe muito a contar desse passado misterioso do Carcaju e o final deixa isso bem claro. Só espero que o próximo ato seja mais esclarecedor e a equipe criativa consiga dar continuidade a um trabalho tão interessante de um de meus personagens favoritos.

 

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